Reeleito presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe defende coordenação fiscal em 2023

Em entrevista coletiva, o também ministro das Finanças da Irlanda defendeu uma coordenação nas medidas de apoio fiscal entre os países da região

Estadão Conteúdo

(Getty Images)
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O presidente do grupo de ministros das Finanças da zona do euro (Eurogrupo), Paschal Donohoe, foi reeleito nesta segunda-feira, 5, para o posto, com um novo mandato de dois anos e meio, que começa em 13 de janeiro de 2023.

Em entrevista coletiva, o também ministro das Finanças da Irlanda defendeu uma coordenação nas medidas de apoio fiscal entre os países da região, a fim de lidar com o quadro de preços de energia elevados, mas sem produzir desequilíbrios.

Donohoe reconheceu que os desafios para 2023 “são complexos”. O Eurogrupo vê risco de recessão técnica na maioria dos países da zona do euro no inverno local, com preços elevados de energia, diante dos efeitos da guerra da Rússia na Ucrânia. Mas as autoridades do grupo defendem que sejam feitos ajustes nos planos fiscais nacionais, a fim de apoiar os mais necessitados afetados pelos preços elevados de energia, mas sem piorar em demasia o quadro fiscal.

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O Eurogrupo publicou comunicado, no qual comenta as discussões da reunião realizada nesta segunda. Os ministros dizem que há ainda muita incerteza nas projeções macroeconômicas.

O quadro fiscal deve ser “claramente expansionista” ao longo de 2022, mas assumir feição “em geral neutra em 2023”, segundo a Comissão Europeia. O Eurogrupo defende um foco nos mais vulneráveis, entre cidadãos e empresas, além de manutenção da agilidade para ajustes rápidos quando necessários.

O grupo de ministros da zona do euro ainda afirma que é preciso manter a sustentabilidade das dívidas, elevando o potencial de crescimento “de uma maneira sustentável”. Isso facilitará a política para garantir o retorno da inflação à meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE), dizem as autoridades.

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As autoridades trabalham em um modelo de precificação do setor de energia em duas faixas. A ideia, diz o comunicado, é que as empresas e famílias recebam um pacote básico de serviços de energia, a preços subsidiados, e que se pague o preço de mercado para o que superar esse pacote básico.