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Puxada pelos alimentos, combustíveis e a indústria extrativa, a produção industrial subiu 0,6% em julho, na comparação mensal, mas recuou 0,5% na anual, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (2).
O resultado ficou levemente abaixo do esperado, pois o consenso Refinitiv projeta alta de 0,7% na comparação com junho, na série com ajuste sazonal, e queda de 0,3% ante julho de 2021.
Com os dados de julho, o IBGE diz que o setor industrial ainda está 0,8% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,3% abaixo do maior patamar já registrado (maio de 2011). Além disso, a indústria ainda acumula queda de 2,0% no ano e de 3,0% em 12 meses.
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O indicador é divulgado um dia após o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, quando a economia brasileira surpreendeu e cresceu 1,2%. O resultado foi puxado principalmente pelo setor de serviços, mas a indústria também cresceu entre abril e junho (alta de 2,2%).
Crescimento em julho
A alta de 0,6% na produção industrial em julho foi puxada pelo crescimento em 2 das 4 grandes categorias econômicas e em apenas 10 dos 26 ramos pesquisados pelo instituto.
Nos grandes grupos, as altas vieram de bens intermediários (+2,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (+1,6%), e com isso a primeira eliminou a perda de 2,2% acumulada em maio e junho e a segunda voltou a crescer após recuar 0,9% no mês anterior.
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Já os setores produtores que recuaram foram de bens de consumo duráveis (-7,8%) e de bens de capital (-3,7%), com a primeira interrompendo dois meses de alta (quando acumulou forte avanço de 10,2%) e a segunda intensificando a queda de 1,9% registrada em junho.
Influências positivas e negativas
Entre os ramos pesquisados, as influências positivas mais importantes foram de produtos alimentícios (+4,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+2,0%) e indústrias extrativas (+2,1%).
Outras contribuições relevantes foram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+10,0%), metalurgia (+2,0%), celulose, papel e produtos de papel (+2,1%) e outros equipamentos de transporte (+5,0%).
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Entre os 16 ramos que tiveram queda na produção industrial, as maiores pressões negativas vieram de máquinas e equipamentos (-10,4%), outros produtos químicos (-9,0%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,7%).
Também se destacaram os recuos em manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-22,0%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-7,8%), produtos de metal (-3,9%), couro, artigos para viagem e calçados (-5,6%), de produtos de madeira (-7,2%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,1%).
Comparação anual
Na comparação anual, com julho de 2021, o setor industrial recua 0,5%. Os resultados são negativos em 2 das 4 grandes categorias econômicas e 16 dos 26 ramos pesquisados. Mas o IBGE ressalta que o mês passado teve 21 dias dias úteis, um a menos que julho do ano anterior.
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As principais influências negativas na comparação anual vieram de outros produtos químicos (-9,9%), máquinas e equipamentos (-9,3%), indústrias extrativas (-3,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13,0%) e produtos de metal (-9,2%).
Também se destacam negativamente produtos de minerais não metálicos (-4,8%), produtos de madeira (-13,3%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-7,7%), metalurgia (-2,7%), móveis (-14,8%), produtos têxteis (-10,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,7%) e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-10,1%).
Entre as 10 atividades que subiram, os principais detaques também foram coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+8,6%) e produtos alimentícios (+4,3%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria.
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Outros impactos positivos importantes foram registrados por bebidas (+12,7%), celulose, papel e produtos de papel (+10,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (+2,0%), couro, artigos para viagem e calçados (+6,7%) e outros equipamentos de transporte (+7,9%).
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