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O site oficial da presidência da Ucrânia exibiu nesta segunda-feira (31) a entrevista que o presidente Volodymyr Zelensky, concedeu para o fotógrafo e documentarista Gabriel Chaim, da GloboNews, na qual declarou que o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pode fazer muito para acabar com a guerra na Ucrânia, especialmente na defesa da proposta de seu país batizada de “Fórmula da Paz”. “Sei que o presidente Lula e a sociedade brasileira apoiam a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”, afirmou Zelenky.
Na entrevista, o presidente ucraniano disse que o Brasil pode ajudar especialmente no parágrafo da propostas sobre a segurança alimentar global. “Ajudar nosso país a exportar produtos agrícolas também significa ajudar outros países que sofrem com a escassez de alimentos e podem estar à beira da fome”, comentou.
Zelensky também acredita que governo brasileiro pode auxiliar seu país nas esfera humanitária, por exemplo, com equipamentos especiais para a retirada de minas terrestres dos territórios, para que os agricultores ucranianos não tenham medo de morrer em seus campos enquanto cultivam e colhem. “Acho que hoje o presidente Lula deve usar todas as suas capacidades para aproximar a paz. Cada líder é responsável por haver uma guerra no mundo ou não”, disse Zelensky.
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Foi nessa entrevista que o chefe de estado da Ucrânia disse que gostaria de se reunir com seu homólogo brasileiro. Em sua opinião, é importante que o presidente e o povo brasileiro o ouçam pessoalmente e recebam informações verídicas sobre os acontecimentos no país.
“Assim, as relações entre nossos países só ficarão melhores e mais fortes. Tenho certeza de que nossos povos estão absolutamente interessados nisso”.
A próxima reunião de conselheiros de segurança nacional e conselheiros políticos para líderes de estado sobre a implementação das iniciativas da Ucrânia para restaurar a paz duradoura e justa será realizada em breve na Arábia Saudita. A primeira reunião ocorreu em junho, na Dinamarca.
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O anúncio foi feito hoje pelo chefe do gabinete presidencial, Andriy Yermak. “A Fórmula da Paz” ucraniana contém dez pontos, cuja implementação não apenas garantiria a paz no país, mas também criaria mecanismos para enfrentar futuros conflitos no mundo, segundo Yermak.
Segundo ele, cada ponto da Fórmula de Zelenskyy está sendo discutido individualmente e em grupos com representantes de mais de 50 países quase semanalmente. “Estamos profundamente convencidos de que o plano de paz ucraniano deve ser tomado como base, porque a guerra está ocorrendo em nossa terra”, disse.
A Ucrânia prevê que esse encontros devem servir de preparação para uma cimeira de chefes-de-Estado, que poderia até ao final do ano. Conforme declarou Yermak, a Ucrânia procura envolver o maior número possível de países que respeitem o direito internacional e a Carta da Organização das Nações Unidas (ONU).
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“O presidente Zelenskyy disse que nossa escolha é unir o mundo em torno da Ucrânia. A evidência dessa escolha é clara: estamos engajando países do Ocidente, Oriente, Norte e Sul”, acrescentou.
Nesta segunda-feira, um ataque russo atingiu um prédio residencial em Kryvyi Rih, matando ao mesmo sete pessoas e deixando mais 60 feridos.
Enquanto isso, seguem os estudos para encontrar alternativas para o escoamento da safra de grãos da Ucrânia, interrompido após a Rússia se recusar a estender o acordo que admitia um corredor humanitário no Mar Negro. A agência Reuters informou hoje que Ucrânia e Croácia concordaram com a possibilidade de usar os portos croatas no Danúbio e no Mar Adriático para a exportação de grãos.
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Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia informou que os ataques aéreos russos a cidades portuárias destruíram cerca de 180 mil toneladas da safra do país em apenas nove dias. A Rússia tem realizado bombardeios quase diários, especialmente em Odesa.