Política fiscal não deve provocar inflação e precisa ser temporária, diz Guindos, do BCE

Vice-presidente defende que medidas de apoio sejam temporárias e direcionadas às famílias e empresas mais afetadas na Europa

Estadão Conteúdo

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O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, alertou nesta quinta-feira (29) que políticas fiscais não devem provocar inflação.

Guindos, que falou em discurso durante evento promovido pelo BC da Lituânia e pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), defendeu que medidas fiscais sejam temporárias e direcionadas às famílias e empresas mais afetadas por períodos de inflação alta.

O representante do BCE fez menção à perspectiva econômica da zona do euro ou à trajetória dos juros do BCE.

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Euro digital

Integrante do Conselho do BCE, Fabio Panetta defendeu, nesta quinta-feira, que a cooperação entre os setores público e privado é fundamento para a criação de uma moeda digital emitida por banco central (CBDC, na sigla em inglês).

“Isso garantirá que o dinheiro público seja disponibilizado em formato digital e que soluções inovadoras de pagamento de varejo pan-europeias possam surgir”, afirmou Panetta, em discurso no Parlamento Europeu.

O dirigente informou que o BCE já decidiu um conjunto preliminar de características do desenho de um euro digital. Segundo ele, a autoridade monetária explora maneiras de assegurar a privacidade de transações de baixo valor.

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“Ferramentas baseadas em limites e remuneração serão incorporadas no design de um euro digital para evitar um uso excessivo como forma de investimento”, explicou.

Apesar dos avanços, Panetta esclareceu que o BC europeu ainda não tomou uma decisão sobre o eventual progresso para a fase de execução do projeto, o que deve acontecer só em outubro do ano que vem. De acordo com ele, também não há definição sobre se a CBDC será, de fato, emitida.