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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,3% no segundo trimestre, o menor patamar desde o quarto trimestre de 2015 (quando estava em 9,1%). O resultado foi melhor que o esperado pelo mercado, pois o consenso Refinitiv projetava uma taxa de desocupação de 9,4%.
O número de desempregados (população desocupada) recuou 15,6% no trimestre, para 10,1 milhões de pessoas (o que representa 1,9 milhão de pessoas a menos procurando por trabalho no país). Na comparação anual, a queda é de 32% (4,8 milhões de pessoas a menos).
A taxa de desemprego (desocupação) caiu 1,8 ponto percentual na comparação com o primeiro trimestre (11,1%) e 4,9 p.p. ante o segundo trimestre de 2021 (14,2%).
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Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O contingente de pessoas ocupadas foi recorde da série histórica, iniciada pelo IBGE em 2012 (98,3 milhões). O número representa uma alta de 3,1% na comparação trimestral (mais 3 milhões de pessoas) e de 9,9% na anual (mais 8,9 milhões).
Já o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), foi estimado em 56,8%, uma alta de 1,6 p.p no trimestre e 4,7 p.p. no ano. É o patamar mais alto para um trimestre encerrado em junho desde 2015 (quando ficou em 57,4%).
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Indicador/Período | 2º trimestre de 2021 | 1º trimestre de 2022 | 2º trimestre de 2022 |
Taxa de desemprego | 14,2% | 11,1% | 9,3% |
População ocupada | 89,4 milhões | 95,3 milhões | 98,3 milhões |
População desocupada | 14,9 milhões | 12 milhões | 10,1 milhões |
Nível de ocupação | 52,1% | 55,2% | 56,8% |
População subutilizada | 32,6 milhões | 26,8 milhões | 24,7 milhões |
Taxa de subutilização | 28,5% | 23,2% | 21,2% |
População fora da força de trabalho | 67,3 milhões | 65,4 milhões | 64,7 milhões |
Rendimento real habitual | R$ 2.794 | R$ 2.625 | R$ 2.652 |
Informalidade alta e rendimento menor
A taxa de informalidade foi de 40,0% da população ocupada, contra 40,1% no trimestre anterior e 40,0% no mesmo trimestre de 2021. O número de trabalhadores informais chegou a 39,3 milhões, recorde da série histórica do indicador (iniciada em 2016).
O rendimento real habitual (R$ 2.652) ficou estável frente ao trimestre anterior, mas foi 5,1% menor do que o do mesmo período de 2021. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 255,7 bilhões) cresceu 4,4% frente ao trimestre anterior e 4,8% na comparação anual.
Indicador/Período | 2º trimestre de 2021 | 1º trimestre de 2022 | 2º trimestre de 2022 |
Empregados com carteira de trabalho | 32,1 milhões | 34,9 milhões | 35,8 milhões |
Empregados sem carteira assinada | 10,6 milhões | 12,2 milhões | 13,0 milhões |
Trabalhadores domésticos | 4,9 milhões | 5,7 milhões | 5,9 milhões |
Trabalhadores por conta própria | 24,6 milhões | 25,3 milhões | 25,7 milhões |
Empregadores | 3,7 milhões | 4,2 milhões | 4,2 milhões |
Nível de ocupação (% de ocupados com idade para trabalhar) | 52,1% | 55,2% | 56,8% |
Taxa de informalidade | 40,0% | 40,1% | 40,0% |