PMIs de serviços se destacam em maio, enquanto atividade de industriais e básicos recua no mês

Área financeira continuou a dar sinais de melhoria, com o fortalecimento da atividade de bancos, seguros e outros serviços financeiros

Roberto de Lira

(Shutterstock)
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A última rodada de dados das pesquisas com gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) das maiores economias realizadas pela S&P Global apontaram para uma divergência entre o desempenho de empresas industriais e prestadores de serviços em maio. Os setores nas categorias mais amplas de materiais básicos e industriais ficaram nas classificações de crescimento, enquanto os de finanças, tecnologia e serviços ao consumidor ficaram geralmente perto do topo.

A área financeira continuou a dar sinais de melhoria, com o fortalecimento da atividade de bancos, seguros e outros serviços financeiros. A expansão em bancos foi a mais forte em um ano e meio, uma vez que os novos negócios no setor tiveram a maior alta desde fevereiro de 2021.

Contrariando a tendência mais ampla na categoria ficou o setor imobiliário, no qual a atividade caiu pela primeira vez em três meses. Também mostrou força em maio a área de software e serviços de tecnologia, onde a atividade aumentou no ritmo mais rápido em pouco mais de cinco anos devido a uma expansão recorde em novos negócios.

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No outro extremo da escala, as empresas de materiais básicos e bens industriais lutaram para gerar novos pedidos e, assim, reduziram a produção. Produtos florestais e de papel, metais e mineração, máquinas e equipamentos e materiais de construção registraram reduções na produção em maio.

Do lado positivo na manufatura de básicos, foi registrado o primeiro aumento na produção de produtos químicos em três meses.

A fraca demanda nas categorias de materiais básicos coincidiu com quedas acentuadas e aceleradas nos preços. Em particular, produtos florestais e de papel registraram as reduções mais rápidas em custos de insumos e preços de venda desde o início da série, em outubro de 2009.

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As pressões inflacionárias mais fortes ocorreram em turismo e lazer. Enquanto isso, o setor continuou a registrar rápidos aumentos na atividade empresarial. Automóveis e autopeças tiveram os maiores aumentos na produção e novos pedidos por 22 e 15 meses, respectivamente. Já os níveis de emprego mantiveram-se praticamente inalterados.