PMI de serviços da zona do euro cai para 52,0 em junho; projeção era de 5,2,4

PMI composto, que agrega serviços e setor industrial, caiu para 49,9 em junho, ficando assim abaixo do limite entre retração e expansão

Roberto de Lira

(Christian Lue/Unsplash)
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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da zona do euro caiu pelo segundo mês seguido em junho, para um nível de 52,0, ante 55,1 em maio, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (5) pelo S&P Global, em parceria com o banco HCOB. Além de representar o patamar mais baixo desde janeiro, o PMI de junho ficou abaixo da estimativa do consenso Refinitiv de analistas, que previa índice de 52,4.

Com o dado mais fraco de serviços, o PMI composto, que agrega o resultado do setor industrial, recuou de 52,8 em maio para 49,9 em junho, ficando assim abaixo do limite de 50,0, que separa a expansão da retração.

Os dados da pesquisa de junho continuaram assim a retratar diferenças significativas no desempenho por setor, como uma desaceleração cada vez maior na produção industrial, em comparação com uma expansão sustentada, embora mais branda, na atividade de serviços.

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Cyrus de la Rubia, economista-chefe do HCCOB, afirmou em nota que o setor de serviços, após um fraco trimestre final de 2022, havia ganhado velocidade no início do ano, mas que todos os principais países do euro perderam esse impulso.

“A desaceleração do crescimento da atividade comercial foi acompanhada por um aumento mais fraco de novos negócios, de preços mais baixos e uma queda nas expectativas. No entanto, a criação de empregos no setor de serviços no mês passado permaneceu praticamente tão sólida quanto no mês anterior”, comentou.

Para ele, no geral, há muitos indícios de que a desaceleração do crescimento continuará nos próximos meses. “Entre os quatro principais países da zona do euro, a queda no ímpeto do setor de serviços não foi apenas mais pronunciada na França, mas também é o único país em que as empresas de serviços relataram uma redução em sua atividade em comparação com o mês anterior”, destacou.

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Ele destacou ainda que, além de fatores gerais, como condições de financiamento mais difíceis e uma situação de demanda mais fraca, os protestos e greves por conta da reforma previdenciária dos últimos meses provavelmente cobraram seu preço nos dados da França.