PMI composto do Japão avança para 52,6 em agosto, com melhora em serviços e indústria

PMI de serviços subiu de 53,8 em julho para 54,3 em agosto, com sólido aumento de novas encomendas, boa parte vindas do exterior

Roberto de Lira

Japão (Colton Jones/Unsplash)
Japão (Colton Jones/Unsplash)

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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Japão avançou de 52,2 em julho para 52,6 em agosto, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (23) pela &P Global em parceria com o Jibun Bank. O índice preliminar é fruto de melhora tanto na atividade de  serviços como na industrial.

Segundo a pesquisa, o PMI de serviços subiu de 53,8 em julho para 54,3 em agosto, com o crescimento da atividade sendo suportado por um sólido aumento de novas encomendas, boa parte vindas do aumento de negócios provenientes do exterior.

As empresas do segmento responderam ao aumento das novas encomendas com uma expansão do emprego, após uma pequena redução em julho.

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Embora o setor tenha permanecido em território de crescimento em agosto, o sentimento empresarial continuou a cair, recuando pelo quarto mês consecutivo e para o nível mais fraco desde janeiro.

Já o PMI industrial do Japão subiu para 49,7 em agosto, de 49,6 em julho, embora ainda tenha ficado abaixo da marca de 50,0, que separa a contração da expansão da atividade.

A produção, as novas encomendas e as exportações continuaram nesse campo da contração, enquanto o emprego manteve-se inalterado, encerrando uma sequência de 28 meses de criação de vagas.

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Segundo Andrew Harker, diretor econômico da S&P Global Market Intelligence, o crescimento no setor privado japonês acelerou em agosto, com o setor de serviços novamente impulsionando a expansão geral em meio a melhorias contínuas em novos pedidos. “Contudo, a indústria transformadora continuou a decepcionar, não conseguindo novamente gerar crescimento”, comentou em nota.

Ele disse ainda que o aumento dos preços do petróleo foi uma característica fundamental na pesquisa mais recente, com empresas de manufatura e serviços relatando um impacto nos custos de insumos.

“No geral, os preços dos fatores de produção aumentaram ao ritmo mais rápido em quatro meses. Outra área comum entre os dois setores monitorados foi em relação à confiança empresarial, que diminuiu em meio a preocupações com as condições econômicas de longo prazo”, comentou.