PMI composto da Zona do Euro cai para 47,1 em outubro, com contração maior da indústria

PMI de serviços, de 48,2, ficou em linha com as projeções, mas atividade da indústria recuou além de esperado, para 46,6

Roberto de Lira

Publicidade

O PMI composto da Zona do Euro caiu para 47,1 em outubro, o mais baixo desde dezembro de 2020, informou nesta segunda-feira (24) a S&P Global. Excluindo o período mais agudo da pandemia, o indicador não atingia nível semelhante desde  abril de 2013. O dado ficou 1 ponto abaixo do registrado em setembro e menor que a previsão de analistas, de 47,5.

O PMI do setor de serviços caiu de 48,8 em setembro para 48,2 em outubro, o menor nível em 20 meses, exatamente a previsão apontada pelo o consenso Refinitiv.  Já o PMI da indústria atingiu 46,6 em outubro, ante 48,4 em setembro, a menor marca em 29 meses, bem abaixo da estimativa de 48,0.

É a quarta divulgação mensal consecutiva do indicador global abaixo da marca de 50,0, sinalizando uma desaceleração sustentada na atividade de negócios em todo o setor privado da região.

Continua depois da publicidade

Segundo a S&P Global, os poucos crescimentos verificados no mês foram restringidos aos setores de tecnologia, serviços industriais e produtos farmacêuticos e empresas de biotecnologia. Algumas das desacelerações mais acentuadas foram observadas nos setores de produtos químicos e plásticos e recursos básicos, refletindo a alta dependência de energia desses setores.

“Os setores de manufatura e intensivos em energia, em particular, registraram a maior perda de produção, mas a atividade de serviços também continuou a cair em ritmo acelerado em meio à atual crise do custo de vida e à incerteza econômica generalizada”, diz a nota do serviço.

Ainda segundo a S&P Global, a Alemanha relatou a contração econômica mais acentuada no mês, enquanto o crescimento na França estagnou.

Continua depois da publicidade

“Embora a escassez de oferta tenha mostrado novos sinais de alívio, as pressões inflacionárias permaneceram elevadas em meio a altos custos de energia e pressões salariais ascendentes. Enquanto isso, a confiança empresarial no próximo ano permaneceu em um dos níveis mais baixos observados nos últimos dois anos, embora estável em relação a setembro.”.