PIB do Brasil tem variação negativa de 0,1% no 3º trimestre, pouco abaixo do esperado

Expectativa de economistas consultados pelo consenso Refinitiv era de estagnação em relação ao segundo trimestre

Equipe InfoMoney

(Getty Images)
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou variação negativa de 0,1% no terceiro trimestre de 2021 na comparação com o segundo trimestre deste ano.

O resultado representa o segundo trimestre consecutivo de estabilidade. Em valores correntes, o PIB, que é soma dos bens e serviços finais produzidos no país, chegou a R$ 2,2 trilhões.

O dado, por sua vez, representou alta de 4% na comparação com igual período do ano passado. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O indicador veio pouco abaixo do esperado. A expectativa de economistas consultados pelo consenso Refinitiv era de estagnação em relação ao segundo trimestre. Na comparação anual, contudo, o resultado veio abaixo da alta de 4,2% esperada.

Com o resultado divulgado nesta quinta, a economia brasileira registra alta de 5,7% até setembro, ante igual período de 2020. Já no acumulado dos quatro trimestres encerrados em setembro houve alta de 3,9%.

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De acordo com o IBGE, o desempenho é reflexo da queda de 8% da agropecuária no trimestre. No período, a indústria ficou estável e os serviços subiram 1,1%. Entre as atividades industriais, apenas construção apresentou crescimento, de 3,9%.

Nos serviços, registraram alta: outras atividades de serviços (4,4%); informação e comunicação (2,4%); transporte, armazenagem e correio (1,2%); administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,8%).

As atividades imobiliárias ficaram estáveis, ao passo que houve variações negativas em atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,5%) e comércio (-0,4%).

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No setor externo, tanto as exportações de bens e serviços quanto as importações de bens e serviços tiveram quedas em relação ao segundo trimestre de 2021, de 9,8% e 8,3%, respectivamente.

Construção é destaque

Na comparação anual, a indústria cresceu 1,3%, com destaque para a construção, com o melhor resultado no volume do valor adicionado (10,9%), corroborada pelo aumento da ocupação nessa atividade.

As indústrias extrativas também cresceram em relação ao terceiro trimestre de 2020, em 3,5%, puxadas, segundo pelo IBGE, pela alta na extração de minério de ferro.

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A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, por sua vez, caiu 4,6%, com a piora nas bandeiras tarifárias, devido à escassez hídrica nacional.

Da mesma forma, o IBGE destaca queda de 0,7% das indústrias de transformação, influenciadas, principalmente, pelas quedas na fabricação de produtos alimentícios, móveis, bebidas, material elétrico e equipamentos de informática.

No período, o valor adicionado de serviços avançou 5,8% ano sobre ano, com destaque para a alta de informação e comunicação (14,8%), outras atividades de serviços (13,5%) e transporte, armazenagem e correio (13,1%).

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Já a agropecuária caiu 9% em relação ao mesmo período de 2020. Segundo o IBGE, esse resultado deve-se, principalmente, ao desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no terceiro trimestre e apresentaram retração na estimativa de produção anual e perda de produtividade. É o caso, por exemplo, do café (-22,4%), algodão (-17,5%), milho (-16,0%), laranja (-13,8%) e cana de açúcar (-7,6%).

Além disso, as estimativas para pecuária também apontaram um fraco desempenho dessa atividade no trimestre analisado.

Analistas e gestores, já há algum tempo, vêm diminuindo suas projeções para a economia brasileira em 2021. De um crescimento de 5,27% no meio de julho, o último relatório Focus, do Banco Central, trouxe a projeção de uma alta de 4,78% – apesar de ainda estar melhor do que os 3,50% do início do ano.

(Com agência de notícias do IBGE)