PIB do Brasil em 2021 fica em 21º em ranking com 34 países

Levantamento compilado pela Austin Rating coloca o desempenho da economia brasileira atrás do resultado de Holanda, México e Suécia e à frente da Espanha.

Lucas Sampaio

(NatanaelGinting/Getty Images)
(NatanaelGinting/Getty Images)

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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,5% no quarto trimestre de 2021, na comparação com o terceiro trimestre, e 4,6% no acumulado do ano, o que coloca o crescimento da economia brasileira em em 21º em um ranking de 34 países compilado pela Austin Rating.

O crescimento do PIB do Brasil (4,6%) ficou atrás de Holanda, México e Suécia (empatados em 18º, com alta de 4,8%) e à frente da Espanha (4,5%),=.

Dois vizinhos sul-americanos (Peru e Colômbia) encabeçam o ranking, ao lado da Turquia. O Peru ocupa o 1º lugar, com um crescimento de 13,3% do PIB em 2021, seguido de Turquia (11%) e Colômbia (10,7%).

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Considerando os países que tiveram desempenho igual em 2021, são 25 posições, sendo que o Brasil ocuparia o 15º lugar. Para 2022, o Brasil tem a menor projeção de crescimento do ranking (a segunda pior é a do México, de alta de 1,9%).

Veja na tabela abaixo:

Posição País Crescimento em 2021 Projeção para 2022
Peru 13,3% 2,3%
Turquia 11,0% 3,4%
Colômbia 10,7% 4,2%
Índia 8,2% 7,0%
China 8,1% 5,2%
Israel 8,1% 4,3%
Reino Unido 7,5% 4,3%
Cingapura 7,2% 3,8%
França 7,0% 3,9%
10º Bélgica 6,4% 3,9%
11º Hong Kong 6,4% 2,9%
Itália 6,4% 4,4%
13º Taiwan 6,3% 3,2%
14º Canadá 5,7% 3,8%
Estados Unidos 5,7% 3,4%
Polônia 5,7% 4,9%
17º Filipinas 5,6% 6,0%
18º Holanda 4,8% 3,7%
México 4,8% 1,9%
Suécia 4,8% 3,3%
21º Brasil 4,6% 0,3%
22º Espanha 4,5% 6,0%
23º Dinamarca 4,2% 2,7%
24º Noruega 4,1% 3,3%
25º Coreia do Sul 4,0% 2,9%
26º Austrália 3,8% 3,3%
República Tcheca 3,8% 4,1%
27º Indonésia 3,7% 5,1%
Suíça 3,7% 3,0%
29º Alemanha 3,1% 3,2%
Malásia 3,1% 4,5%
32º Arábia Saudita 2,9% 4,8%
33º Japão 1,7% 2,9%
34º Tailândia 1,6% 2,9%

Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, diz que “historicamente o Brasil fica no meio ou na rabeira da tabela”, mas o problema maior do país não é a posição no ranking neste ano ou no ano passado, mas o baixo crescimento do país na última década.

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“Se a gente pegar os últimos dez anos, de 2012 a 2021, na média o Brasil cresceu 0,4%. Os pares emergentes [Brics) cresceram 3,4%, o mundo cresceu 3% e mesmo os países desenvolvidos cresceram 1,2%”, compara Agostini.

“O mundo cresceu, os emergentes cresceram, e o Brasil não. Até os países desenvolvidos cresceram três vezes mais que a média do Brasil”, pondera o economista-chefe da Austin Rating.

“Claramente isso mostra que o Brasil tem problemas que se sobressaem. O Brasil ainda tropeça nas próprias pernas”, diz Agostini. “O que tem feito o Brasil crescer sempre de forma mediana é o baixo nível de investimento da economia e os problemas domésticos, principalmente fiscais”.

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Ao analisar o resultado do PIB no quarto trimestre e do acumulado no ano, o governo diz que a variação do PIB acumulado no período de 2020-2021, que inclui os dois anos afetados pela pandemia, “foi maior que o de todos os países do G7, exceto os Estados Unidos”.

Diz também que o crescimento da economia nos últimos dois anos “ficou acima da maior parte dos países do G20 e foi superior à mediana do grupo”.

Lucas Sampaio

Jornalista com 12 anos de experiência nos principais grupos de comunicação do Brasil (TV Globo, Folha, Estadão e Grupo Abril), em diversas funções (editor, repórter, produtor e redator) e editorias (economia, internacional, tecnologia, política e cidades). Graduado pela UFSC com intercâmbio na Universidade Nova de Lisboa.