Pesquisa projeta recuperação discreta do varejo para o trimestre entre maio e julho, diz Ibevar-FIA  

Taxa de inadimplência média estimada pelo Ibevar-FIA para maio fica em 6,41%, 0,17 p.p. acima da prevista para abril

Roberto de Lira

(Divulgação)
(Divulgação)

Publicidade

As projeções para o desempenho tanto do varejo restrito como do ampliado apresentam resultados positivos para o trimestre entre maio e junho, segundo pesquisa Ibevar-FIA Business School. Essa recuperação esperada em ambas as classificações do varejo não é suficiente, entretanto, para inverter a tendência negativa em doze meses.

Segundo a pesquisa, o varejo restrito deve crescer 1,08% em maio, 0,26% em junho e 0,42% em julho. Portanto, um percentual acumulado de 1,8% nesses três meses.

Para o varejo ampliado – que inclui material de construção, automóveis, partes e peças -a estimativa é de expansão de 0,86% em maio, 0,21% em junho e 0,98% em julho. Esses percentuais compostos resultam em um crescimento de 2,1% no trimestre.

Continua depois da publicidade

Quando o desempenho é confrontado com o ano passado, no entanto, a tendência permanece negativa. No varejo restrito, a projeção é de queda de 1,46% em maio, 1,68% em junho e 1,49% em julho. No ampliado, as retrações previstas são de 2,2%, 2,17% e 1,79%, respectivamente.

Por segmentos, é esperada uma evolução de 5,4% nas vendas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico no trimestre, seguida de Móveis e eletroeletrônicos (5,4%), Tecidos, vestuário e calçados (5,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, Material de construção (2,2%) e Hipermercados e supermercados (1,0%). É esperada estabilidade (0,0%) em Material de escritório e Automóveis, partes e peças

Inadimplência

Outra pesquisa do Ibevar-FIA aponta que a taxa de inadimplência em maio deve ficar entre 6,13% e 6,70%, com média estimada 6,41%. Isso significa aumento de 0,24 ponto percentual em relação ao valor real de março e de 0,17 p.p. em relação ao valor estimado para abril.

Continua depois da publicidade

“Considerando-se o significativo aumento de atrasos observado, é razoável esperar uma taxa de inadimplência entre a média e o limite superior do intervalo estimado para o mês de maio de 2023”, diz Claudio Felisoni, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School.