Publicidade
Líderes de países emergentes para reunião organizada pelo governo chinês que marcará o décimo aniversário da sua Iniciativa do Cinturão e Rota – um programa de investimentos criado pelo presidente Xi Jinping para impulsionar a infraestrutura no mundo.
Nesta segunda, 16, chegaram a Pequim líderes da África, da Ásia e do Oriente Médio, seguindo as chegadas do presidente do Chile, Gabriel Boric, e do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, no domingo, 15. Outros deverão chegar nesta terça, 17.
Sob a Iniciativa do Cinturão e Rota, empresas chinesas construíram portos, estradas, ferrovias, usinas de energia e outras obras de infraestrutura. No entanto, os empréstimos chineses que financiaram os projetos também sobrecarregaram alguns países mais pobres com dívidas pesadas.
Continua depois da publicidade
Especialistas dizem que a China já teria emprestado quase US$ 1 trilhão (por volta de R$ 5,05 trilhões) para cerca de 150 países em desenvolvimento e sabe que terá dificuldades para receber de volta os valores, mesmo sem ter interesse imediato em resgatar o crédito.
Uma série de encontros diplomáticos é esperada à margem do terceiro Fórum do Cinturão e Rota, cujos principais eventos ocorrerão nesta quarta, 18. Orbán se encontrou com Xi e o premiê Li Qiang, conforme relatou a agência de notícias estatal MTI da Hungria. Os fóruns também foram realizados em 2017 e 2019.
Influência
Continua depois da publicidade
O presidente russo, Vladimir Putin, é esperado para participar do fórum, assim como representantes do governo Taliban do Afeganistão. Putin minimizou a ideia de que a China, por meio de seus projetos do Cinturão e Rota na Ásia Central, está competindo por influência em uma região que a Rússia há muito considera como seu “quintal”.
“Nossas próprias ideias sobre o desenvolvimento da União Econômica da Eurásia, por exemplo, sobre a construção de uma Grande Eurásia, coincidem totalmente com as ideias chinesas propostas no âmbito da Iniciativa do Cinturão e Rota”, disse ele à emissora estatal chinesa CCTV, de acordo com uma transcrição postada no site do Kremlin.