Líderes da UE evitam racha em limite ao preço do gás, em encontro sobre energia

O presidente francês, Emmanuel Macron, deve se encontrar novamente na semana que vem com chanceler alemão, Olaf Scholz, para tratar do tema

Estadão Conteúdo

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Líderes da União Europeia lutam para buscar soluções práticas imediatas sobre como lidar com a crise de energia, mas evitaram um racha aberto entre Alemanha e França, nesta sexta-feira (21). O eventual racha público teria exposto um bloco dividido no momento em que confronta o presidente da Rússia, Vladimir Putin, por causa da guerra na Ucrânia.

Após um dia de conversas em Bruxelas que avançou pela noite, os 27 líderes da UE recuaram em divisões entre alguns dos principais membros e ao menos concordaram em continuar a trabalhar em meios de impor um limite ao preço de gás, no caso de grandes altas nos preços.

O presidente francês, Emmanuel Macron, destacou seu trabalho com o chanceler alemão, Olaf Scholz, para criar um verniz de unidade, após conversas iniciadas na quinta-feira.

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Ele disse que, junto com assessores técnicos próximos, se encontrará com Scholz em Paris na próxima semana para tentar avançar no assunto.

Scholz afirmou que a principal questão era conter “saltos” nos preços do gás, os quais podem durar apenas algumas horas, mas já mandam os preços muito para cima. Ele disse que medidas para conter isso devem ser mais examinadas.

Diplomatas disseram que a execução das propostas, incluindo a possibilidade de um limite no preço do gás, deve ser primeiramente avaliada pelos ministros de Energia, na próxima terça-feira (25), e pode mesmo haver a necessidade de uma nova cúpula de líderes nas próximas semanas.

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França fora do Tratado

O presidente da França anunciou hoje que o país decidiu sair do Tratado da Carta da Energia, acordo internacional envolvendo países europeus e da Ásia Central pelo cooperação no setor de energia. A declaração foi feita durante reunião de chefes de Estado na Euro Summit.

No discurso, Macron destacou que o objetivo do país será passar o inverno sem o gás russo. O chefe de Estado da França também defendeu uma reforma no mercado de eletricidade da Europa, destacando que o desafio atual é baixar os preços da energia.

Segundo o jornal Le Monde, o tratado agora abandonado pela França está sendo usado por empresas de combustíveis fósseis para contestar legalmente medidas ambientais.

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A Itália já abandonou a iniciativa, enquanto Holanda e Espanha anunciaram planos similares, lembra o diário francês.

(Com Estadão Conteúdo)