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VIENA (Reuters) – O Irã está elevando o enriquecimento de urânio a um nível semelhante ao de armas, disse a Agência Internacional de Energia atômica (AIEA) na terça-feira em um relatório visto pela Reuters, uma medida que eleva as tensões com o Ocidente no momento em que os dois lados tentam retomar as conversas sobre a reativação do acordo nuclear de Teerã.
O Irã aumentou o nível de pureza físsil com que está refinando o urânio de 20% em abril para 60% em reação a uma explosão e um blecaute em sua instalação de Natanz que prejudicou a produção na principal planta subterrânea de enriquecimento do local.
Teerã atribuiu o ataque a Israel. O nível para uso em armas é de cerca de 90% de pureza.
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Em maio, a AIEA relatou que o Irã estava usando uma cascata de centrífugas avançadas para enriquecer a até 60% na planta piloto de enriquecimento de Natanz. Nesta terça-feira, a agência informou seus países-membros que agora o Irã também está usando uma segunda cascata para este fim.
A medida é a mais recente de muitas do Irã que violam as restrições impostas pelo acordo nuclear de 2015, que limitou em 3,67% a pureza com que Teerã pode refinar o urânio. Os Estados Unidos e seus aliados europeus alertam que tais ações ameaçam as conversas para a reativação do pacto, atualmente suspensas.
Após a reportagem da Reuters, o Irã reiterou que seu programa nuclear é pacífico e disse ter informado a AIEA sobre suas atividades de enriquecimento. O país acrescentou que seu afastamento do pacto de 2015 seria revertido se os EUA voltassem ao acordo e suspendessem sanções, noticiou a mídia estatal.
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“Se as outras partes retomarem suas obrigações conforme o acordo nuclear e Washington suspender de forma total e verificável suas sanções unilaterais e ilegais… toda a mitigação e as contramedidas do Irã serão reversíveis”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Saeed Khatibzadeh, segundo citações da mídia estatal.
Na segunda-feira, a AIEA disse que Teerã progrediu em seu trabalho com metal de urânio enriquecido, apesar das objeções de potências ocidentais segundo as quais não existe aplicação civil crível para tal trabalho.
O metal de urânio pode ser usado para fazer o núcleo de uma bomba nuclear, mas o Irã diz que suas metas são pacíficas e que está desenvolvendo combustível de reator.
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