Inflação ao produtor (PPI) da Alemanha cai 14,7% em setembro, puxada por preços da energia

Segundo o Destatis, declínio de preços vem do efeito base pela forte alta em 2022, motivada pela guerra na Ucrânia

Roberto de Lira

Bandeira da Alemanha (Foto: Getty Images)
Bandeira da Alemanha (Foto: Getty Images)

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O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha teve queda de 14,7% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, renovando assim o recorde de maior recuo registrado para um mês desde o início da coleta de dados, em 1949, informou o Destatis, o departamento de estatísticas do país. Na comparação com agosto, o índice caiu 0,2%, após alta de 0,3% no mês anterior.

O índice negativo no mês superou as estimativas dos analistas, cuja mediana era de uma alta de 0,4% nos preços ao produtor na comparação mensal e de uma queda de 14,2% na anual.

A exemplo do verificado em agosto, a forte queda na comparação com o PPI de setembro de 2022 deve-se principalmente a um efeito de base causado pelo nível de preços muito elevado do ano anterior, por conta dos efeitos da guerra na Ucrânia. Tanto em agosto como em setembro do ano passado, os preços ao produtor estavam 45,8% mais altos que nos mesmos meses de 2021.

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Os preços da energia em setembro de 2023 caíram 35,3% em relação a setembro de 2022, com a eletricidade (-46,2%) puxando a retração. Em comparação com agosto de 2023, os preços da energia caíram 0,4%. Excluindo os preços da energia, os preços no produtor foram 0,8% mais elevados do que em setembro de 2022, mas se apresentaram 0,1% mais baixos do que em agosto de 2023.

O destaque de alta em setembro foram os preços dos bens de consumo não duráveis, que ficaram 5,3% superiores aos de setembro de 2022, embora tenham caído 0,3% na comparação mensal.