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O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV/Ibre se manteve relativamente estável ao cair 0,2 ponto em janeiro, para 93,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,9 ponto, pior resultado desde agosto de 2020 (que foi de 88,7 pontos).
Em janeiro, houve alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais monitorados pela Sondagem. O Índice Situação Atual (ISA) cedeu 0,7 ponto, para 93,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE) subiu 0,4 ponto para 93,2 pontos.
Entre os quesitos que integram o ISA, o indicador que mede a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios foi o que mais influenciou a queda do ICI no mês ao recuar 1,6 ponto para 90,9 pontos.
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Em menor magnitude, houve ligeiro recuo da demanda e aumento do nível de estoques1 no período com variações de 0,2 e 0,5 ponto, para 91,9 e 103,0 pontos, respectivamente. Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos, ou acima do desejável.
Para Stefano Pacini, economista do FGV/Ibre, 2023 começa com acomodação na confiança do empresário industrial. “Nas avaliações sobre a situação atual, há uma percepção de novo enfraquecimento da demanda que se reflete num aumento do nível dos estoques”, afirmou
Em relação às percepções de futuro, ele diz que os empresários projetam melhora da tendência dos negócios, gerada por alguma reação da demanda e alguma recuperação das contratações, mas que precisam ser avaliados com cautela considerando o nível baixo dos indicadores. “Mesmo com resultados menos pessimistas, isso não se refletiria uma melhora da produção nos próximos meses, o que pode estar relacionado ao nível de estoques.” comentou.
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Em relação as expectativas para os próximos meses, a tendência dos negócios para os próximos seis meses evitou uma queda mais forte da confiança em janeiro ao subir 2,4 pontos para 91,9 pontos, apesar de ainda estar abaixo dos 100 pontos desde setembro de 2021 (102,7 pontos).
No horizonte mais curto, de três meses, as perspectivas sobre emprego recuperaram 0,5 ponto, para 95,6 pontos, após quatro meses consecutivos de queda. Apesar disso, o indicador se mantém abaixo dos 100 pontos, ainda sinalizando uma desaceleração das contratações nos próximos meses. Já o indicador que mede as perspectivas sobre a produção para os próximos três meses se manteve recuou 1,6 ponto para 92,5 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria caiu 0,8 ponto percentual, para 78,8% pior resultado desde maio de 2021 (77,8%).