FMI: Canadá deve crescer 1,7% neste ano, mas riscos são elevados e pode haver ‘recessão leve’

Avaliação está em comunicado do FMI sobre o país, na conclusão de uma missão no âmbito do Artigo IV dos regimentos da entidade

Estadão Conteúdo

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que a economia do Canadá cresça 1,7% neste ano, desacelerando da alta de 3,4% de 2022. Ao mesmo tempo, alerta que há “riscos elevados à perspectiva”, e acrescenta que a economia do país pode sofrer uma “recessão leve, caso os riscos de baixa se materializem”.

A avaliação está em comunicado do FMI sobre o país, na conclusão de uma missão no âmbito do Artigo IV dos regimentos da entidade. Entre os riscos para o Canadá, ele menciona uma eventual desaceleração abrupta no restante do mundo, “talvez relacionada a turbulência econômica”, inflação mais arraigada que o antecipado, que exigiria mais aperto monetário, bem como eventuais turbulências no setor financeiro.

O FMI considerou ainda “apropriada” a alta de juros do BC do Canadá, após ele chegar a ter feito uma pausa em seu aperto monetário. Isso reforça o compromisso da instituição em levar a inflação à meta, elogia. O FMI projeta que a inflação ao consumidor deve desacelerar a “cerca de 3% até setembro”, ajudada pela moderação nos preços das commodities. O núcleo deve atingir esse nível no início de 2024, e a inflação deve retornar à meta de 2% até o fim de 2024, acredita.

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Em seu comunicado, o FMI ainda recomenda que a política fiscal “permaneça apertada”, para apoiar o objetivo de conter a inflação. O Fundo diz também que subsídios do governo à energia verde são “bem-vindos”, mas pede atenção ao desenho deles, que “pode ser fortalecido”, de modo consistente com as regras da Organização Mundial de Comércio (OMC) e a fim de conter os riscos de fragmentação geoeconômica, diz a nota.

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