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O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou nesta quinta-feira (9) que, “de acordo com várias fontes de inteligência de seu país”, o voo 752 da Ukraine International Airlines, que caiu logo após decolar no aeroporto de Teerã, foi abatido por um míssil do Irã.
“As evidências reunidas indicam que o avião ucraniano que caiu em Teerã pode ter sido atingido acidentalmente”, disse o premier canadense, reforçando as suspeitas das autoridades americanas.
Mais cedo, a imprensa americana, citando autoridades dos setores de inteligência dos Estados Unidos, cujas identidades não foram reveladas, informou que a aeronave Boeing 737, foi abatida pelo sistema de defesa aérea do Irã acidentalmente.
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De acordo com oficiais do Pentágono e da inteligência dos Estados Unidos e do Iraque ouvidos pela revista Newsweek, o avião ucraniano pode ter sido abatido com o uso de um míssil antiaéreo russo.
As emissoras CBS e CNN também citaram autoridades não identificadas afirmando que a hipótese pode estar correta, com base em dados de satélite, equipamentos eletrônicos e radares.
Nesta tarde, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a dizer que tem “suspeitas” sobre o acidente, mas não deu mais explicações.
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“Estava voando em um bairro bastante difícil e alguém poderia ter cometido um erro”, acrescentou o republicano, durante coletiva de imprensa na Casa Branca.
“Algumas pessoas dizem que foi mecânico. Eu pessoalmente não acho que isso seja uma questão”, disse Trump, ressaltando que “algo muito terrível aconteceu”.
A aeronave, que decolou às 6h12 (horário local) da última quarta-feira (8) e seguia para Kiev, caiu minutos depois. Todas as 176 pessoas, entre passageiros e tripulantes, morreram. Pelo menos 63 vítimas eram canadenses. Até o momento, não se sabe quais as causas do acidente, que ocorreu em meio à tensão entre Irã e Estados Unidos.
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Em comunicado oficial, o governo iraniano, por sua vez, afirmou que a hipótese cogitada é “sem sentido”. “Vários voos nacionais e internacionais estavam voando no espaço aéreo iraniano ao mesmo tempo e na mesma altitude e não tiveram problemas”, disse Ali Abedzadeh, presidente da Organização de Aviação Civil Iraniana (CAO) e vice-ministro de Transportes.
Enquanto isso, a Ucrânia pediu ao Conselho de Segurança da ONU “apoio incondicional” da organização para seus especialistas responsáveis pela investigação sobre a queda da aeronave.
Até agora, as autoridades ucranianas apresentaram quatro cenários possíveis para explicar a tragédia, entre eles terrorismo e ataque com mísseis.
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No entanto, em meio às tensões aumentadas pelo assassinato do general iraniano Qassem Soleimani em um ataque dos Estados Unidos no último dia 3 de janeiro, o Irã disse que não entregará as caixas-pretas recuperadas do Boeing. Sob as regras da aviação global, o Irã tem o direito de liderar a investigação, mas os fabricantes, neste caso americanos, normalmente são envolvidos.
Vídeo
Exclusive: Video verified by The New York Times shows a Ukrainian airliner being hit over Tehran on Wednesday https://t.co/brU9ZRmRX9
— The New York Times (@nytimes) January 9, 2020
Um vídeo publicado pelo jornal americano “The New York Times” nesta quinta-feira (9) revela um momento em que o avião ucraniano que caiu no Irã, deixando 176 mortos, é atingido por um míssil.
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“Para analisar o vídeo, confirmamos que ele foi filmado perto da rota de voo do avião a partir de Teerã. Ele mostra uma explosão quando um míssil atingiu o avião, mas o avião não explodiu: continuou voando por vários minutos e voltou para o aeroporto”, escreveu a publicação.
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