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O setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 18,1 bilhões em setembro, ante superávit de R$ 10,7 bilhões em setembro de 2022, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Banco Central do Brasil. Houve déficits de R$ 16,5 bilhões no Governo Central, de R$ 1,1 bilhão nos governos regionais e de R$ 500 milhões nas empresas estatais.
De acordo com o BC, nos doze meses encerrados em setembro, o setor público consolidado registrou déficit de R$ 101,9 bilhões, o equivalente a 0,97% do PIB, ou seja, 0,27 ponto percentual superior ao déficit acumulado até agosto.
O montante dos juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somou R$ 81,7 bilhões em setembro, ante R$ 71,4 bilhões no mesmo mês de 2022.
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Contribuiu para essa evolução a alta do IPCA no período, que mais do que compensou a melhora no resultado das operações de swap cambial (perdas de R$ 24,7 bilhões em setembro de 2022 e de R$ 15,9 bilhões em setembro de 2023).
No acumulado em 12 meses, os juros nominais alcançaram R$ 699,7 bilhões (6,65% do PIB) em setembro de 2023, ante R$592,0 bilhões (6,14% do PIB) nos doze meses até setembro de 2022.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 99,8 bilhões em setembro.
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No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 801,6 bilhões (7,62% do PIB), 0,32 p.p. do PIB superior ao déficit acumulado até agosto.
Dívida líquida
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 60,0% do PIB (R$ 6,3 trilhões) em setembro, subindo 0,1 p.p. do PIB no mês. Essa elevação refletiu sobretudo os impactos dos juros nominais apropriados (aumento de 0,8 p.p.), do déficit primário (aumento de 0,2 p.p.), da desvalorização cambial de 1,7% no mês (redução de 0,2 p.p.), do reconhecimento líquido de ativos (redução de 0,3 p.p.), e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,4 p.p.).
No ano, o aumento de 2,9 p.p. na relação DLSP/PIB resultou, em especial, das contribuições dos juros nominais apropriados (aumento de 5,2 p.p.), do déficit primário (aumento de 0,9 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada de 4,0% (aumento de 0,5 p.p.), do reconhecimento líquido de ativos (redução de 0,2 p.p.), e do crescimento do PIB nominal (redução de 3,3 p.p.).
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Dívida bruta
A Dívida Bruta (DBGG), que inclui governo federal, INSS e governos estaduais e municipais, atingiu 74,4% do PIB (R$ 7,8 trilhões), ficando estável como percentual do PIB em relação ao mês anterior.
Esse resultado sofreu impacto, em especial, da evolução dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.), pelo efeito da desvalorização cambial (aumento de 0,1 p.p.), pelos resgates líquidos de dívida (redução de 0,2 p.p.) e pelo efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,5 p.p.).
No ano, o crescimento de 1,5 p.p. na relação DBGG/PIB resultou sobretudo dos juros nominais apropriados (aumento de 5,8 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada (redução de 0,2 p.p.), e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 4,2 p.p.).