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Um novo relatório lançado na Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial de 2023 mostrou como países considerados pioneiros podem acelerar a transformação dos sistemas alimentares. O relatório “Transições de Alimentos, Natureza e Saúde”, escrito em colaboração com a Bain & Company, apresenta modelos replicáveis de sete países da África, Ásia, Américas e Europa com histórias de transformação com elementos comuns e repetíveis, incluindo exemplos de ações, investimentos e coordenação.
O objetivo do estudo é oferecer informações para acelerar a transição de um país para sistemas alimentares que proporcionem uma economia mais forte, melhores meios de subsistência para um conjunto mais inclusivo de pessoas, maior segurança nutricional e melhorar a saúde – ao mesmo tempo em que causa um menor impacto no clima e na natureza.
Entre os exemplos do estudo, são citadas ações em países como Gana, Índia e Vietnã, que conseguiram desenvolver seus sistemas alimentares, liberando o potencial de pequenas e médias empresas, particularmente aquelas que são aliadas a agricultores e operam em cadeias alimentares locais.
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Também é sugerido que os países podem usar a inovação para melhorar a produtividade, a sustentabilidade e os resultados nutricionais, como demonstrado na Argélia, que melhorou a segurança alimentar diante de restrições significativas na disponibilidade de água. O Vietnã, por sua vez, intensificou de forma sustentável sua produção de arroz.
Os agricultores têm maior probabilidade de adotar novas práticas se a economia funcionar a seu favor, de acordo com o relatório, mas fazer isso acontecer requer ação de muitas partes interessadas. Exemplos no Canadá e na Nova Zelândia ilustram como escalar a adoção de uma produção de alimentos positiva para a natureza e inteligente para o clima, focando particularmente na vantagem econômica para os produtores.
“A transformação dos sistemas alimentares fornece dietas saudáveis e nutritivas e empregos dignos para agricultores e produtores. Este relatório mostra como o desenvolvimento econômico com proteção ambiental apoia as comunidades nos esforços de adaptação e mitigação do clima”, disse Gim Huay Neo, diretor administrativo do Centro para a Natureza e o Clima do Fórum Econômico Mundial.
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“Dependendo do contexto do país, diferentes caminhos podem ser adotados para transformar nossos sistemas agroalimentares para melhorar a segurança alimentar e nutricional e garantir a sustentabilidade”, disse Maximo Torero Cullen, economista-chefe da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
“Aumentar a resiliência climática e fortalecer nosso ambiente alimentar para promover dietas saudáveis são duas intervenções importantes com impactos positivos na segurança alimentar, na natureza e na saúde”, afirmou.
“Quando a comida falha, tudo falha”, comentou Geraldine Matchett, codiretora executiva e diretora financeira da Royal DSM e copresidente da CEO Alliance on Food, Nature and Health. “Devemos trabalhar para transformar nossos sistemas alimentares para que sejam resilientes, sustentáveis e saudáveis.”