Publicidade
O mês de fevereiro registrou um avanço na confiança da indústria. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) subiu 2,0 pontos, de 48,6 em janeiro para 50,6 pontos na leitura atual, quebrando uma sequência de quatro meses de queda da confiança do setor. Na pesquisa, divulgada nesta sexta-feira (10) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador varia de zero a 100 pontos, sendo que resultados acima de 50 pontos apontam confiança. O dado abaixo desse patamar significa desconfiança.
A CNI destaca, no entanto, que, apesar da recuperação, o avanço de dois pontos não foi suficiente para reverter a queda de 14,2 pontos no índice acumulada entre setembro de 2022 e janeiro de 2023.
Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, destaca que, ainda assim, o resultado de fevereiro é importante, “pois interrompeu a sequência de quedas significativas e, mais do que isso, mostra que o empresário voltou a mostrar confiança”. “Caso essas expectativas mais positivas se confirmem, a confiança tende a se fortalecer. E a melhora no ânimo sugere uma disposição maior para investir e contratar”, completou.
Continua depois da publicidade
Expectativas
O ICEI é composto pelo índice de expectativas e pelo índice de percepção das condições atuais. Em fevereiro, esses componentes tiveram desempenhos opostos. O Índice de Expectativas, que mostra percepção dos empresários para os próximos seis meses em relação à economia e à empresa, aumentou 4,1 pontos, para 52,9 pontos.
“Ao cruzar a linha divisória dos 50 pontos, o indicador demonstra uma transição do pessimismo ao otimismo do setor industrial com relação aos próximos seis meses, entre janeiro e fevereiro de 2023”, diz a pesquisa.
Condições atuais
Já o indicador em relação às condições atuais caiu 2,4 pontos, para 45,9 pontos. Situando-se abaixo dos 50 pontos, o dado demonstra uma percepção de piora mais forte e disseminada da indústria sobre as condições atuais da economia brasileira e das empresas, destaca a CNI.
Continua depois da publicidade
Foram ouvidas 1.372 empresas, sendo 564 de pequeno porte, 482 de médio porte e 326 de grande porte, de 1º a 7 de fevereiro.