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A confiança do consumidor subiu 2,5 pontos em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira (25) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou a 94,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 2,7 pontos, a quarta alta consecutiva.
“A confiança do consumidor sobe pelo terceiro mês seguido, impulsionada principalmente pela melhora das expectativas futuras. A alta foi disseminada entre os diferentes quesitos da pesquisa, com destaque para os Indicadores de Situação Econômica Geral e Situação Financeira Futura da família”, disse em nota Anna Carolina Gouveia, economista do FGV/Ibre.
Segundo ela, os resultados refletem o arrefecimento da inflação, a recuperação da renda do trabalho e as expectativas quanto ao início de programas voltados para a quitação de dívidas.
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“Atualmente, o maior obstáculo para a recuperação mais robusta da confiança do consumidor parece ser o cenário de endividamento e inadimplência, agravado pelos juros elevados, refletidos, por exemplo, no Indicador de Situação Financeira das Famílias, que ainda se mantém em nível bastante insatisfatório”, afirma Anna Carolina.
Em julho, o Índice de Expectativas (IE) subiu 3,4 pontos, para 107,4 pontos, o maior desde janeiro de 2019 (108,5 pontos); o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,1 ponto, para 76,8 pontos.
Entre os indicadores que medem as expectativas dos consumidores para os próximos meses, a maior influência para a alta do Índice de Expectativas foi dada pelo que mede o grau de otimismo com a evolução da situação econômica local, que registrou uma alta no mês de 5,5 pontos, alcançando 123,9 pontos, maior nível desde fevereiro de 2019 (126,2 pontos).
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Famílias
O indicador que mede as perspectivas sobre as finanças familiares nos meses seguintes subiu 3,7 pontos, para 105,0 pontos, devolvendo parte da queda do mês anterior. O otimismo foi menos expressivo no quesito que mede o ímpeto de compras de bens duráveis, que subiu 0,7 ponto, para 92,3 pontos, após avançar mais de 10,0 pontos no mês anterior, mantendo-se acima dos 90 pontos, patamar do qual havia se distanciado desde 2014.
Nas avaliações sobre o momento atual, o indicador que mede a satisfação sobre a situação econômica local teve a sexta alta consecutiva, de 1,6 ponto, para 87,1 pontos, maior nível desde outubro de 2014 (89,5 pontos). O indicador que mede as avaliações sobre as finanças familiares no momento ficou relativamente estável ao variar 0,5 ponto, para 67,0 pontos, após alta de 5,0 pontos do mês anterior.
A análise por faixas de renda mostra ganho de confiança em todos os níveis, exceto para as famílias com menor poder aquisitivo, com renda familiar até R$ 2.100, na qual houve piora das avaliações sobre a situação atual. As demais faixas se mostram otimistas nos dois horizontes de tempo e a confiança das famílias com maior poder aquisitivo, que ganham acima de R$ 9.600 atinge o maior nível desde janeiro de 2014 (99,0 pontos).