Confiança do consumidor nos EUA volta a cair, após dois meses de alta

Para o The Conference Board, o índice de expectativas abaixo de 80 mostra que os riscos de recessão parecem estar aumentando

Roberto de Lira

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O Índice de Confiança do Consumidor nos Estados Unidos recuou em outubro, para 102,5, após dois meses de alta, divulgou nesta terça-feira (25) o The Conference Board. O dado veio bem abaixo dos 106,5  previstos pelo consenso Refinitiv.

O Índice da Situação Atual, com base na avaliação dos consumidores sobre as condições atuais dos negócios e do mercado de trabalho, caiu acentuadamente, para 138,9 de 150,2 no mês anterior.

Já o Índice de Expectativas, baseado nas perspectivas de curto prazo dos consumidores para renda, negócios e condições do mercado de trabalho, caiu de 79,5 para 78,1.

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Lynn Franco, diretora sênior de indicadores econômicos do The Conference Board, disse que o recuo na Situação Atual sugere que o crescimento econômico desacelerou no início do quarto trimestre. “As expectativas dos consumidores em relação às perspectivas de curto prazo permaneceram desanimadoras. O Índice de Expectativas ainda está abaixo de uma leitura de 80, um nível associado à recessão, sugerindo que os riscos de recessão parecem estar aumentando”, comentou.

Para ela, as preocupações com a inflação, que vinham recuando desde julho, aumentaram novamente, com os preços do gás e dos alimentos servindo como principais impulsionadores. “As intenções de férias esfriaram. No entanto, as intenções de comprar casas, automóveis e eletrodomésticos caros aumentaram. Olhando para o futuro, as pressões inflacionárias continuarão a prejudicar a confiança e os gastos do consumidor, o que pode resultar em uma temporada de festas desafiadora para os varejistas”, previu.

Na sua avaliação, como os estoques estão altos, se a demanda cair, isso pode resultar em grandes descontos, o que reduziria as margens de lucro dos varejistas.