Combates se intensificam no leste da Ucrânia e Kiev busca mais armas

Ataques com mísseis e drones russos mataram pelo menos 11 pessoas na quinta-feira, após aliados prometerem tanques para a Ucrânia

Reuters

Cena de destruição na Ucrânia, invadida pelos russos em 2022  (Foto: ANSA)
Cena de destruição na Ucrânia, invadida pelos russos em 2022 (Foto: ANSA)

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A Rússia intensificou as tentativas de romper as defesas da Ucrânia com combates pesados no norte e no leste do país, o que destaca a necessidade de Kiev por mais armas ocidentais, disseram autoridades ucranianas nesta sexta-feira (27).

Os militares ucranianos disseram que batalhas ferozes estavam em andamento, um dia depois que mísseis e drones russos mataram pelo menos 11 pessoas, no que pareceu ser uma resposta às promessas de nações ocidentais de fornecer tanques à Ucrânia.

Depois de semanas de negociações, Alemanha e Estados Unidos prometeram à Ucrânia dezenas de tanques modernos para ajudar a repelir as forças russas, abrindo caminho para Canadá, Polônia, Finlândia, Noruega e outros países  seguirem o exemplo.

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A Rússia acusou os Estados Unidos de “despejar armas na Ucrânia” e repreendeu o presidente Joe Biden, dizendo que ele tinha a chave para encerrar o conflito na Ucrânia, mas não a usou.

Mais armas e sanções

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu aos aliados por seu apoio, mas renovou os apelos por sanções mais duras contra Moscou e mais armas para repelir os invasores no 12º mês da guerra. “Este mal, esta agressão russa pode e deve ser detida apenas com armas adequadas. O Estado terrorista não entenderá nada além disso”, disse Zelensky em seu discurso noturno na televisão na quinta-feira (26).

Autoridades locais relataram nesta sexta-feira intensos bombardeios no norte, nordeste e leste da Ucrânia, cenário de alguns dos combates mais pesados desde a invasão russa em 24 de fevereiro do ano passado. “A luta feroz continua nas linhas de frente. Nossos defensores estão mantendo firmemente suas posições e infligindo perdas ao inimigo”, disse Oleh Synehubov, governador da região de Kharkiv, no nordeste. A Reuters não pôde verificar os relatos do campo de batalha.

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As linhas de frente ficaram praticamente congeladas nos últimos dois meses, com a Rússia tentando ganhar terreno no leste depois de ocupar faixas de território e proteger um corredor de terra que tomou no sul da Ucrânia.

Espera-se que ambos os lados lancem uma ofensiva de primavera, embora os Estados Unidos tenham aconselhado publicamente a Ucrânia a não a fazer isso até que as armas mais recentes estejam instaladas e o treinamento seja fornecido – um processo que deve levar vários meses.