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O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina cresceu 2,4 pontos na passagem do terceiro trimestre para o quarto trimestre de 2023, passando de 99,6 pontos para o patamar de 102,0 pontos, na zona favorável (acima de 100 pontos), apontou o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre). O indicador alcançou o maior patamar desde o primeiro trimestre de 2018, quando registrou 102,6 pontos.
O avanço no Clima Econômico no quarto trimestre ante o terceiro trimestre foi impulsionado pelo desempenho positivo do México, enquanto o Brasil contribuiu negativamente.
Segundo afirmou o FGV/Ibre em nota, o resultado pode ser explicado pela contribuição do México, a segunda maior economia da região, que registrou avanços em todos os seus indicadores. O Brasil, a maior economia da região, registrou recuo em todos os indicadores do clima econômico, levando à queda do ICE da América do Sul, que exclui o México.
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“No entanto, na comparação entre o quarto trimestre de 2023 e o de 2022, todos os indicadores do Brasil melhoraram. Na análise dos principais problemas que dificultam o crescimento econômico do país, há diferenças notáveis. Entre os 10 países analisados, cinco apontam falta de confiança na política do governo como principal problema. Para o Brasil, a grande questão é a infraestrutura inadequada”, diz a nota.
O Índice de Situação Atual (ISA) da América Latina subiu 10,5 pontos na passagem do terceiro trimestre para o quarto trimestre de 2023, para 96,2 pontos. O Índice de Expectativas (IE) recuou 6,2 pontos, para 108,0 pontos, mantendo-se na zona favorável.
O ICE do Brasil tombou 21,4 pontos, para 100,0 pontos no quarto trimestre, mantendo-se assim na zona favorável. No ICE brasileiro, o ISA ficou estável em 100,0 pontos. O IE recuou 44,4 pontos, para 100,0 pontos.
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No México, o ICE subiu 22,8 pontos, para 141,5 pontos. O ISA cresceu 8,3 pontos, para 133,3 pontos, e o IE aumentou 37,5 pontos, para 150,0 pontos. O Chile também registrou avanço do ICE no quarto trimestre, 4,0 pontos, para 80,6 pontos, na zona desfavorável. O ISA local cresceu 2,8 pontos, para 25,0 pontos, e o IE avançou 5,6 pontos, para 150,0 pontos.
Todos os demais países registraram perdas no Clima Econômico no quarto trimestre em relação ao terceiro trimestre. As maiores quedas ocorreram no ICE da Bolívia (28,8 pontos), Paraguai (23,5 pontos), Brasil (21,4 pontos) e Peru (20,5 pontos).
“Mesmo com esses fortes recuos, Paraguai e Uruguai continuam na zona favorável e o Brasil está na zona limítrofe, com o ICE igual a 100 pontos”, frisou a FGV.