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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu nesta terça-feira, 14, que o Brasil tem tido uma queda no ritmo de recuperação da economia, enquanto outros países têm acelerado seu crescimento. “Os demais emergentes têm acelerado crescimento acima do Brasil, à exceção do México. O Brasil teve uma performance melhor em 2020, ficou na média dos emergentes em 2021, mas no pós pandemia voltou ao problema de crescimento estrutural baixo e inferior à média de emergentes”, afirmou, em debate sobre política monetária realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
E completou: “Temos diferenciação de mercados emergentes e avançados em atividade e fluxo.”
O presidente do BC repetiu que o Brasil apresenta uma melhora expressiva em quantidade de casos e óbitos por covid-19. “A variante Ômicron tem causado aumento de casos em diversos países, mas com baixa letalidade”, completou.
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Campos Neto listou as medidas de capital e liquidez tomadas pelo Banco Central durante a pandemia. O TCU realiza auditoria nas ações do governo em 2020 para enfrentar a crise decorrente do novo coronavírus.
Mercado de energia
O presidente do Banco Central destacou ainda que, pela primeira vez, há um descolamento entre os preços de energia e os investimentos no setor. “Há falta de interesse de empresas em investir em energia e dos bancos em dar crédito. Esse desequilíbrio no mercado de energia parece mais persistente”, afirmou.
Campos Neto chamou a atenção para o consumo de energia necessário para a produção de bens, que é superior à energia necessária para o consumo de serviços.
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“Ao mesmo tempo em que há essa demanda por energia, temos algumas restrições que chamamos de inflação verde. Para atingir metas de carbono, precisamos de metais, que começam a ter um enorme aumento de preços”, alertou o presidente do BC.
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