Publicidade
O Brasil criou 277.018 empregos formais em maio, uma forte alta na comparação com abril (196.966) e um resultado muito acima da expectativa do mercado (o consenso Refinitiv projetava 192.750 novas vagas CLT no mês).
Apesar da forte geração de vagas, o salário médio de contratação continuou diminuindo frente à inflação persistente no país (veja mais abaixo).
O resultado de maio é fruto de 1.960.960 contratações e 1.683.942 demissões e ampliou o saldo positivo de 2022 para 1.047.611 novos empregos formais (devido às 9.693.109 admissões e os 8.641.606 desligamentos no ano).
Continua depois da publicidade
Com isso, a quantidade de brasileiros com carteira assinada subiu 0,67% no mês, para 41.729.858. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
Mais empregos, salários menores
Apesar da forte geração de vagas, o salário médio de admissão continuou em trajetória de queda e recuou 0,94% em maio, para R$ 1.898,02 — um decréscimo real de R$ 18,05 (descontada a inflação).
O único setor em que o salário de contratação subiu foi na construção civil (+0,98%, para R$ 1.905,51), e o pior recuo foi na agricultura, que já paga salários mais baixos (-1,74%, para R$ 1.659,94).
Continua depois da publicidade
As outras quedas foram na indústria (-1,81%, para R$.1934,51), em serviços (-0,79%, para R$ 2.030,66) e no comércio (-0,47%, para R$ 1.645,35).
Serviços lidera criação de vagas
O setor de serviços puxou as contratações do mês passado (+120.294 postos), mas houve crescimento nos 5 grupos pesquisados: comércio (+47.557), indústria (+46.975), construção (+35.445) e agropecuária (+26.747).
As atividades que mais contribuíram para a geração de empregos em serviços (+120.294) foram as atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+49.373).
Continua depois da publicidade
Na indústria (+46.975), as contratações se concentraram na indústria de transformação (+42.081, ou 90% do total).
Por região e por estado
Também houve mais admissões do que demissões nas 5 regiões do país em maio. O Sudeste criou mais vagas CLT em números absolutos, mas proporcionalmente os destaques foram as regiões Centro-Oeste (+0,94%) e Norte (+0,82%):
• Sudeste: +147.846 (+0,69%);
• Nordeste: +48.847 (+0,73%);
• Centro-Oeste: +33.978 (+0,94%);
• Sul: +25.585 (+0,33%);
• Norte: +16.091 (+0,82%).
Continua depois da publicidade
Todas as 27 Unidades Federativas (UFs) também registraram saldo positivo no mês passado.
Os estados que mais criaram empregos em termos absolutos foram os três mais populosos do país: São Paulo (+85.659), Minas Gerais (+29.970) e Rio de Janeiro (+20.226). Em termos relativos, os destaques foram Espírito Santo (+1,52%), Mato Grosso do Sul (+1,14%) e Goiás (+1,08%).
Novos tipos de contrato de trabalho
Na parte em que o Ministério do Trabalho e Previdência chama de “modernização trabalhista”, houve a criação de 5.810 empregos do tipo intermitente (fruto de 24.094 admissões e 18.284 desligamentos) e 286 empregados celebraram mais de um contrato na condição de trabalho intermitente.
Continua depois da publicidade
O saldo de empregos na modalidade de trabalho intermitente foi positiva em serviços (+4.505), indústria (+1.117), construção (+436) e agropecuária (+303) e negativa apenas no comércio (-551).
Os contratos de trabalho em regime de tempo parcial foram responsáveis pela criação de 3.279 empregos em maio (19.530 admissões e 16.251 desligamentos), e 59 empregados celebraram mais de um contrato em regime parcial, segundo o ministério.
O saldo de empregos nessa modalidade foi positiva nos 5 setores pesquisados: serviços (+2.076), comércio (+1.023), indústria (+104), agropecuária (+42) e construção (+34).
Desligamentos mediante acordo
Houve também 19.376 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado em maio, e 58 empregados realizaram mais de um pedido de demissão mediante acordo.
As atividades econômicas que mais se beneficiaram da modalidade foram, nesta ordem: serviços (9.792 desligamentos), comércio (4.114); indústria (3.075), construção (1.622) e agropecuária (773).
You must be logged in to post a comment.