Butantan pede à Anvisa para testar ButanVac em humanos; Plano SP entra em nova etapa neste sábado (24)

Dimas Covas, diretor do Butantan, acredita que a ButanVac pode receber a autorização emergencial da Anvisa em setembro

Érico Lotufo

ButanVac, vacina brasileira desenvolvida pelo Butantan (Divulgação/Governo de SP)
ButanVac, vacina brasileira desenvolvida pelo Butantan (Divulgação/Governo de SP)

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SÃO PAULO – O Instituto Butantan enviou solicitação para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar testes com humanos da ButanVac, vacina com produção integral no Brasil.

“Será um estudo clínico rápido, com prazo máximo de duração de 20 semanas. A partir da 16ª semana, já poderemos ter resultados que permitam a solicitação do uso emergencial”, disse Dimas Covas, diretor da instituição.

“Assim que a Anvisa autorizar, estamos prontos para o início dos testes”, acrescentou Rodrigo Garcia, vice-governador de São Paulo.

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Covas também disse que setembro é “uma data possível” para o início da aplicação da vacina, caso tenha a aprovação para uso emergencial pela Anvisa. Quando a ButanVac foi anunciada, no final de março, Covas havia afirmado que ela poderia estar disponível para aplicação em julho, prazo que foi visto com ceticismo por especialistas.

O estudo clínico ainda determinará se a vacina necessitará duas doses, como a Coronavac, ou uma dose única.

O Instituto de Vacinas e Biologia Médica (IVAC), do Vietnã, e o Government Pharmaceutical Organization (GPO), da Tailândia, também serão parceiros na produção da ButanVac.

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85% do controle de produção é nacional, com os 15% restantes divididos entre os outros países do consórcio. Espera-se produzir 100 milhões de doses por ano.

O foco da vacina é, além de ser usada no Brasil, chegar em países de renda baixa ou média, segundo Covas.

Em live realizada pelo InfoMoney no início do mês, Covas explicou mais detalhes sobre a vacina: “A ButanVac faz parte de uma segunda geração de vacinas e pode se tornar uma alternativa em termos mundiais, principalmente porque está sendo desenvolvida com o objetivo de ser um imunizante de baixo custo e com ampla base produtiva”.

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Desde o ano passado, o Butantan avalia usar a base da vacina da gripe, com os ovos embrionários, técnica bastante utilizada ao redor do mundo, para tentar produzir uma nova vacina. “A tecnologia da ButanVac é utilizada por muitos países, o que permitiria a produção em mais lugares e mais vacinas aos países pobres. Esse produto não tem patente, então, uma vez desenvolvido poderá ser usado em qualquer país”, explicou durante o evento virtual.

Fase de transição entra em nova etapa

A partir de sábado (24), o setor de serviços terá permissão para reabrir em todo o estado.

Restaurantes poderão abrir das 11h às 19h, assim como salões de beleza e setor de atividades culturais. As academias, por sua vez, também poderão abrir das 7h às 11h e depois das 15h às 19h.

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Parques estaduais e municipais ficarão abertos entre 6h e 18h para prática esportiva individual.

O toque de recolher das 20h às 5h vai seguir em toda a fase de transição. Uma nova atualização do Plano, que será detalhada na próxima sexta-feira (30), deve entrar em vigor a partir do dia 1º de maio.

“Lembrando que é uma etapa de transição. Nosso objetivo é com o cumprimento de todos os protocolos para que possamos dar o próximo passo semana que vem”, disse Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo.

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Óbitos caem pela primeira vez desde fevereiro

A média diária de óbitos por Covid-19 viu queda de 23% durante a 16ª semana epidemiológica do ano, que teve início em 18/04.

A média de casos e internações também caiu. Esta é a primeira vez que os três índices estão em queda ao mesmo tempo nos últimos dois meses.

Foram 621 mortes em média por dia na semana, menor valor desde março. No entanto, esta ainda é a 4ª semana mais letal do ano em São Paulo por conta da Covid-19.

A taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) em todo o estado também continuou a cair. Em todo o estado, a taxa está em 81,1% de ocupação.

Para efeito de comparação, a taxa se encontrava em 92,3% em 1º de abril, representando uma queda de mais de 10 pontos percentuais no mês de abril. Na Grande São Paulo, a taxa de ocupação é de 79,2%. No início do mês, era de 91,8%.

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