Brasil terá 15,5 milhões de doses da vacina da Pfizer entre abril e junho, diz Queiroga

Novo volume de vacinas representa um aumento de 2 milhões de doses em relação ao previsto inicialmente

Reuters

Logotipo da Pfizer (Bloomberg)
Logotipo da Pfizer (Bloomberg)

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(Reuters) – O Brasil receberá entre abril e junho 15,5 milhões de doses da vacina contra Covid-19 da Pfizer, um aumento de 2 milhões de doses em relação ao previsto inicialmente, disse nesta quarta-feira o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

“Uma boa notícia que é justamente a antecipação de doses da vacina Pfizer, fruto de uma ação direta do presidente da República, Jair Bolsonaro, com o executivo principal da Pfizer, que resulta em 15,5 milhões de doses da Pfizer já em abril, maio e junho”, disse Queiroga em pronunciamento no Palácio do Planalto, após reunião do comitê de combate à pandemia de Covid-19.

“Ou seja, conseguimos antecipar no calendário anteriormente previsto das 100 milhões de doses, 2 milhões de doses da vacina da Pfizer que vai fortalecer o nosso calendário de vacinação”, acrescentou o ministro.

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A informação foi dada pelo ministro depois da segunda reunião do comitê de enfrentamento à Covid. De acordo com dados repassados depois pelo Ministério da Saúde, desses 2 milhões de doses a mais que serão entregues até junho, 1 milhão deverá chegar ao país nos últimos dias de Abril.

Ainda não há detalhes sobre distribuição e aplicação dessas vacinas, que existem uma logística diferente, já que precisam ser armazenadas a 70 graus Celsius negativos, diferentemente das vacinas já usadas no Brasil –CoronaVac e AstraZeneca–, que podem ser guardadas em temperaturas de 2 a 8 graus.

Na reunião também foi cobrado que o governo negocie com a Organização Mundial da Saúde uma antecipação das doses de vacinas compradas através do consórcio Covax Facilities. O governo brasileiro acertou a compra de 42,6 milhões de doses, das quais foram repassadas até agora 1 milhão.

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Representando o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no comitê, o deputado Professor Luizinho (PP-RJ), reclamou da postura da OMS na distribuição de vacinas.

“A Organização Mundial da Saúde, no programa Covax Facility, tem deixado o Brasil de lado. A Organização Mundial da Saúde privilegiou países que não têm a pandemia e a circulação viral que o Brasil tem”, disse o parlamentar, acrescentando que países do sudeste asiático e da África receberam até agora mais doses de vacinas que o Brasil.

O consórcio foi criado para facilitar a compra de vacinas por países em desenvolvimento e doar imunizantes para países mais pobres, como os africanos, que não têm condições de competir no mercado internacional. O governo brasileiro aderiu no último minuto ao Covax e comprou apenas o mínimo de doses exigido para participação, o equivalente a 10% da população.

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O ministro da Saúde minimizou o tom, mas afirmou que o governo brasileiro está cobrando mais agilidade.

“O deputado Luizinho fala muito bem acerca da iniciativa Covax Facility, até porque em outubro o governo brasileiro alocou 150 milhões de dólares para ter uma cobertura vacinal de 10% da população e nós temos mantido, como eu já falei, um diálogo muito produtivo com a OMS no sentido de que seja cumprido o acordado anteriormente”, disse.

MEDICAMENTOS

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Queiroga anunciou ainda que os primeiros lotes de medicamentos para intubação, comprados com a ajuda da Organização Panamericana de Saúde (Opas) devem chegar ao Brasil em 10 dias. E um outro pregão internacional será aberto para novas compras.

Nesta quarta-feira, o governo de São Paulo informou que tem estoque de medicamentos usados na intubação de pacientes com Covid-19 apenas para “alguns dias”. A Secretaria de Saúde informou que enviou 9 ofícios pedindo ajuda ao ministério, que no mês passado determinou que todos os medicamentos fabricados no Brasil sejam entregues ao governo federal.

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