Boris Johnson pede desculpas por festa durante lockdown

Porém pressão por renúncia aumenta até entre conservadores

ANSA Brasil

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(ANSA) – O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, pediu desculpas nesta quarta-feira (12) por ter participado de uma segunda festa durante o período de lockdown por conta da pandemia de Covid-19.

“Eu aceito minha responsabilidade. Fui ao jardim naquele dia e achei que era uma reunião de trabalho. Milhões de pessoas fizeram sacrifícios nos últimos meses e eu entendo a raiva que possam sentir do meu governo”, disse Johnson ao Parlamento.

Porém, durante sua fala, o premiê afirmou que “tecnicamente” as regras sanitárias não foram violadas, já que se tratavam apenas de funcionários do governo.

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O novo caso foi revelado durante essa semana pela mídia britânica e refere-se a um encontro entre funcionários do Gabinete nos jardins de Downing Street, residência oficial do premiê, em 20 de maio do ano passado.

Entre os documentos publicados do “PartyGate“, está um convite oficial do chefe da secretaria pessoal do primeiro-ministro, Martin Reynolds, para mais de 100 pessoas para o evento – cerca de 30 apareceram. No texto, havia ainda um pedido para que cada um trouxesse “sua própria bebida” porque haveria um “drink a distância” por conta do “clima agradável”.

Na época, pelas próprias normas do governo, encontros desse tipo eram proibidos e só poderiam ser realizados por pessoas que moravam em uma mesma residência. Já entre colegas de trabalho, só eram permitidos encontros ao ar livre de duas pessoas e com distanciamento de dois metros.

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Essa é a segunda vez que denúncias do tipo afetam Johnson, sendo a primeira de uma festa de Natal, também em Downing Street, com dezenas de funcionários.

Os pedidos de desculpa, no entanto, não atenuam a crise de imagem de Johnson e os pedidos por sua renúncia aumentam até mesmo entre os conservadores.

Uma pesquisa feita nesta semana pela YouGov para a “Sky News” mostrou que apenas 27% dos cidadãos ainda defendem a permanência de Johnson no cargo e 56% defendem abertamente sua renúncia.

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O líder da oposição trabalhista, Keir Starmer, voltou a cobrar a renúncia de Johnson durante sessão no Parlamento de hoje. Entre o Partido Conservador, já aumentam os pedidos para que Johnson repense a sua saída, pois as desculpas “não convenceram” os políticos.