Biden diz que China enfrentará consequências por abusos de direitos humanos

O presidente chinês, Xi Jinping, recebe críticas globais por manter a minoria uigur em campos de trabalho e outros abusos de direitos humanos

Reuters

Joe Biden em visita ao Brasil, em 2014 (Foto: Cadu Gomes/ Agência PT)
Joe Biden em visita ao Brasil, em 2014 (Foto: Cadu Gomes/ Agência PT)

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MILWAUKEE (Reuters) – A China pagará o preço de seus abusos de direitos humanos, alertou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta quarta-feira, ao responder a indagações sobre o tratamento chinês a minorias muçulmanas em Xinjiang, região do oeste da nação asiática, durante um evento televisionado.

O presidente chinês, Xi Jinping, recebe críticas globais por manter a minoria uigur em campos de trabalho e outros abusos de direitos humanos.

“Bem, haverá repercussões para a China, e ele sabe disso”, disse Biden a respeito de Xi ao ser questionado sobre o tema em um evento aberto a perguntas transmitido pela CNN.

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Os EUA reafirmarão seu papel global na defesa dos direitos humanos, disse Biden, acrescentando que trabalhará com a comunidade internacional para fazer a China protegê-los.

“A China está se esforçando muito para se tornar uma líder mundial, e para receber esta alcunha e ser capaz de fazê-lo, eles têm que conquistar a confiança de outros países”, disse Biden em sua primeira viagem oficial desde que tomou posse, em janeiro.

“Enquanto estiverem envolvidos em atividades que são contrárias aos direitos humanos básicos, será difícil para eles fazê-lo”.

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Em uma conversa telefônica de duas horas com Xi neste mês, Biden enfatizou a prioridade norte-americana de preservar a região do indo-pacífico livre e aberta — EUA e China são grandes rivais estratégicos na área.

Ele também expressou preocupação com as práticas comerciais “coercitivas e injustas” de Pequim e questões de direitos humanos, como a repressão a Hong Kong, os campos de concentração de Xinjiang e as ações cada vez mais assertivas na Ásia, inclusive em relação a Taiwan, que a China reivindica para si.