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O Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra (MPC, na sigla em inglês) decidiu hoje elevar sua taxa em 0,5 pontos percentuais, para 2,25% ao ano.
“O MPC tomará as medidas necessárias para devolver a inflação à meta de 2% de forma sustentável no médio prazo, em linha com sua missão”, diz o comunicado.
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A decisão não foi unânime: cinco membros do comitê votaram para aumentar a taxa em 50 pontos base, três integrantes votaram pela elevação mais forte, de 75 pontos, e um preferiu uma abordagem mais leve, com voto de de 0,25 ponto porcentual.
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O Comitê do BoE também votou por unanimidade para reduzir o estoque de títulos do governo do Reino Unido comprados, financiados pela emissão de reservas do banco central, em 80 bilhões de libras nos próximos doze meses, para um total de £ 758 bilhões, em linha com a estratégia estabelecida em a ata da reunião do MPC de agosto.
No Relatório de Política Monetária de agosto, o MPC observou que os riscos em torno de suas projeções de fatores externos e domésticos eram excepcionalmente grandes, “dado o grande aumento nos preços do gás no atacado desde maio e os consequentes impactos sobre a renda real das famílias do Reino Unido e no na inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês).
Inflação
Desde agosto, os preços do gás no atacado têm sido altamente voláteis e houve grandes movimentos nos mercados financeiros, incluindo um forte aumento nos rendimentos dos títulos do governo em todo o mundo. A libra esterlina desvalorizou-se significativamente ao longo do período.
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O CPI do Reino Unido em doze meses caiu ligeiramente de 10,1% em julho para 9,9% em agosto, mas o BoE estima que o pico da inflação projetado no relatório (de 11% para outubro) deva ficar um pouco menor, devido á contribuição do plano do governo para segurar os custos da energia. Ainda assim, a inflação deverá permanecer acima de 10% nos próximos meses, antes de começar a cair.
Para o BoE, as pressões inflacionárias também permanecem fortes nas economias avançadas. Na área do euro, a inflação (CPI) cresceu 0,2 pontos porcentuais em termos anualizados em agosto, para 9.1% – com o núcleo da inflação aumentando em proporção semelhante, para 4.3%.
O comitê avaliou que, embora os aumentos dos preços dos produtos ligados á energia tenham dado a maior contribuição para a inflação global, os maiores aumentos vieram das contribuições dos preços dos alimentos e dos bens essenciais.