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SÃO PAULO – A partir desta quarta-feira (20), o site da Zara no Brasil passa a contar com uma loja virtual que atende o país inteiro a partir de suas 57 lojas.
Além do site comum, o e-commerce poderá ser acessado via dispositivos móveis pelo app da marca nos sistemas iOS e Android. Quem visita a página brasileira da varejista agora se depara com um aviso da data de início das operações e um convite para receber uma newsletter. Não se sabe se a Zara Home fará parte da iniciativa em um primeiro momento.
Em comunicado, a empresa disse que oferecerá serviços de entrega ou retirada em loja física. Entre os diferenciais, clientes poderão contar com frete grátis em determinadas compras e entrega rápida em Belo Horizonte e Curitiba, além das regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro. Na capital paulista, será possível pagar pela entrega no mesmo dia da compra.
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Para marcas nacionais ou mais estabelecidas no país, a novidade representa acirramento de concorrência. Até então, a Zara competia apenas nos 17 estados em que tem lojas. Agora, chega mais perto do alcance de marcas como Riachuelo, Marisa, Renner e Hering, brasileiras que têm lojas online, e a holandesa C&A, que tem no Brasil um mercado importante.
A Inditex, dona da marca, divulgou em seu balanço mais recente um aumento de 27% nas vendas online, para 3,2 bilhões de euros. Nos mercados em que oferece as duas opções (lojas físicas e online), 14% das compras já são feitas pela internet. Também há 106 mercados em que a empresa opera apenas e-commerce.
Preço e agilidade ainda são problemas
Em quase todos os países em que tem presença, a Zara tende a ser uma varejista de massa. No Brasil, todavia, a realidade ainda é outra: a marca ainda é muito cara por aqui, principalmente por conta de uma tarifa de importação de 35%, de acordo com um relatório publicado no início do ano pelo Bradesco BBI. Vale lembrar que a Zara brasileira é a mais cara do mundo, de acordo com o mais recente Zara Index.
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Também entra na conta o fato de a produção da empresa localmente corresponder a menos de 10% do volume de vendas, o que cria maiores dificuldades. “A Zara e outras varejistas de moda enfrentam outros desafios além das tarifas de importação”, diz o relatório. “Por exemplo, a infraestrutura fraca em portos e atrasos nas checagens significam que é difícil operar o modelo fast fashion, que requer que as empresas sejam ágeis”, complementa.
Considerando estes fatores, por mais que a presença da Zara seja ampliada, é pouco provável, de acordo com os analistas, que os preços e a rapidez da chegada das coleções nas lojas (essencial no mercado de moda) sejam tão competitivos por aqui quanto no resto do mundo, a não ser que a empresa inaugure outras fábricas no país.
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