TV Digital: discussão sobre compra financiada de conversores deve avançar

Segundo assessor da presidência, a reunião que discutirá o plano que deve baratear os conversores externos acontecerá neste mês

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – A discussão sobre a possibilidade de se financiar conversores externos de TV digital pode avançar ainda neste mês. De acordo com o assessor especial da Presidência de República para a área de políticas públicas em Comunicação, André Barbosa, a reunião que discutirá o plano deve acontecer no próximo dia 20.

“Teremos uma reunião entre membros do governo, na qual pretendemos avançar no programa do set top integrado”, afirmou Barbosa, de acordo com a Agência Brasil. “Queremos que, a um custo máximo de R$ 200 e com prestações de no máximo R$ 17, o consumidor possa comprar um conversor de alta definição”, disse.

Ao baratear o equipamento, amplia-se o acesso das classes D e E aos conversores. Os financiamentos, conforme já havia anunciado o assessor, devem ser feitos por meio da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.

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Vendas
Além da facilidade de financiamento do equipamento também está sendo estudada a possibilidade de conceder incentivos fiscais aos fabricantes, como redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).

Com todos os estímulos, o Governo espera que cerca de 15 milhões de set tops boxes (os conversores) sejam vendidos nos próximos três anos, já que em 2013, todas as transmissões terão de ser via digital e, em 2016, serão encerradas as transmissões por sinal analógico.

Tecnologia
Barbosa disse, ainda de acordo com a Agência, que a TV digital no Brasil não será concorrente da internet. “O Brasil adotou uma posição diferente da que vem sendo praticada em países europeus e nos Estados Unidos, que é a de dar fim à comunicação aberta e de estimular as TVs pagas”, disse. “Eles acreditam que a internet e a televisão se fundirão até se tornarem a mesma coisa. Nós não pensamos assim”, afirmou.

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Para assessor, TV e internet são meios diferentes. “Essas tecnologias podem até assimilar recursos uma da outra, mas não têm como se tornarem a mesma coisa, até porque a internet não vai substituir a produção audiovisual das TVs, que tem por base o cinema”, disse.

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