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Quem vai enfrentar o Brasil na final da Copa do Mundo? O hexa (finalmente) vem? A três dias de começar o maior torneio de futebol do planeta, os brasileiros estão esbanjando otimismo e já fazendo suas apostas — não só você, mas também os analistas do mercado financeiro.
Apesar de a seleção canarinho ser a favorita em uma pesquisa global da agência de notícias Reuters com 135 analistas de mercado, o research da XP tem uma opinião um pouco diferente: o Brasil até é o país que tem a maior probabilidade de ser campeão se chegar na final, mas é apenas o 6º em chance de chegar ao jogo mais importante da Copa no Catar.
O Brasil tem 63% de chance de levar o hexa se chegar lá, ficando um pouco à frente da Argentina (61%) e da Espanha (59%) neste quesito, mas tem “apenas” 15,4% de probabilidade de sobreviver na competição até o fim.
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A análise foi feita pela equipe de estratégia quantitativa do research da XP, que aponta a Holanda e a Argentina como os países que têm as maiores chances de ir à final (18,8% e 18,4%, respectivamente). França (17,4%), Bélgica (16,7%) e Inglaterra (15,7%) também estão na frente da verde e amarela.
Probabilidade de chegar à final:
- Holanda: 18,8%
- Argentina: 18,4%
- França: 17,4%
- Bélgica: 16,7%
- Inglaterra: 15,7%
- Brasil: 15,4%
- Espanha: 14,2%
Segundo o relatório do research da XP, os jogadores brasileiros têm 87,9% de probabilidade de passar para as oitavas de final, 59,3% de avançar às quartas, 29,8% de chegar à semifinal e 15,4% de alcançar a tão esperada final (o que não acontece desde 2002). Se isso ocorrer, aí é mais provável que o hexa vem (veja abaixo todos os números).
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As seleções que têm as maiores chances de chegarem à semifinal são Bélgica (33,6%), Holanda (32,3%) e Espanha (30,6%). O Brasil aparece, em 4º lugar (29,8%), à frente de Argentina e França (empatadas com 28,7%).
As quatro equipes com mais chances de chegar às semifinais do torneio são Brasil (59,3%), França (54,7%), Argentina (54,5%) e Holanda (54,4%). A má notícia é que o embate final mais provável é entre Argentina e França, com os nossos vizinhos com 55% de chances de bater a atual campeã.
Na lanterna em todos os quesitos está a Arábia Saudita, país sem tradição no futebol que tem apenas 7,6% de chegar nas oitavas, 1,4% nas quartas, 0,2% nas semis e 0,1% na final. Se acontecer todos esses milagres estatísticos, os sauditas têm apenas 14,3% de conquistar o título.
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O relatório aponta ainda que o grupo B (que tem Inglaterra, Estados Unidos, Irã e País de Gales) deve ser o mais disputado, “dadas as pequenas diferenças entre as probabilidades de avançar e pontuação esperada dos membros segundo nosso modelo” (veja na tabela abaixo).
Se as projeções da fase de grupos da XP estiverem corretas, os confrontos das oitavas de final mais prováveis deverão ser entre:
- Holanda x Irã
- Argentina x Dinamarca
- Espanha x Croácia
- Brasil x Uruguai
- Senegal x Inglaterra
- México x França
- Alemanha x Bélgica
- Suíça x Portugal
Ainda segundo as estimativas do research da XP, a Bélgica tem mais chance de avançar às quartas do que a temida Alemanha (51,6% a 33,5%) e Portugal seria favorito em um confronto contra a Suíça (47,7% de probabilidade de avançar, contra 28,9% dos suíços).
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Metodologia
A XP diz que as probabilidades foram feitas com uma metodologia de “machine learning” e raspagem de dados, na qual foram simulados diversos cenários. Os analistas usaram dados de características das equipes, posições em rankings e desempenho em partidas recentes para construir “um modelo de regressão logística multinominal, que estima a probabilidade de cada resultado para cada partida”.
O modelo simulou a relação entre esses dados e o resultado (vitória, derrota ou empate), a partir de dados de 820 partidas extraídas do Sofascore, incluindo torneios anteriores, eliminatórias e amistosos. Também foram adicionados os rankings da Fifa e Elo, “bem como a diferença das estatísticas médias entre as equipes, para tentar inferir sobre o resultado da partida, presumindo que uma diferença menor entre as duas equipes leva a um jogo mais equilibrado”.
O relatório é assinado pelos analistas quantitativos Julia Aquino e Thales Carmo; pela estrategista de ações, Jennie Li; e pelo estrategista-chefe e líder do research, Fernando Ferreira (acesse aqui o relatório completo).
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“As conclusões são interessantes. A partir de estatísticas que possibilitam a análise de muitas variáveis explicativas para produzir previsões mais precisas, tentamos estimar qual será o desfecho do evento esportivo mais aguardado pelo brasileiro”, afirma Ferreira. “Resta torcer e acompanhar para saber se os números vão falar por si”.
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