Quanto custa assinar os serviços de streaming disponíveis no Brasil

Amazon Prime Video, Disney+, Netflix e outros: saiba qual assinatura tem os melhores conteúdos e os preços cobrados por cada streaming

Mariana Fonseca

Streaming (Shutterstock)
Streaming (Shutterstock)

SÃO PAULO – Amazon Prime Video, Disney+, Netflix e muitos outros: o mercado de streaming está aquecido, inclusive no Brasil. Mas, com a proliferação de serviços de transmissão de conteúdo online, surge a dúvida: como decidir qual deles é a melhor opção para cada preferência audiovisual – e para cada bolso?

O InfoMoney comparou as principais plataformas de streaming disponíveis no país, observado o conteúdo que cada uma oferece e o preço cobrado pelas assinaturas. Foram excluídos valores promocionais para novos assinantes, descontos em planos anuais e parcerias que podem reduzir o preço do serviço.

Confira o valor mensal da assinatura de cada serviço de streaming. Abaixo, explicamos o conteúdo disponibilizado por cada serviço:

Serviço Preço
Samsung TV Plus Gratuito
Amazon Prime Video R$ 9,90
Apple TV + R$ 9,90
Looke De R$ 16,90 a R$ 25,90
YouTube Premium R$ 20,90
Netflix De R$ 21,90 a R$ 45,90
Globoplay De R$ 22,90 a R$ 84,90
Crunchyroll De R$ 25,00 a R$ 32,00
Disney + R$ 27,90
Mubi R$ 27,90
PlayKids R$ 29,90
HBO Go R$ 34,90
Telecine Play R$ 37,90

Samsung TV Plus

O serviço de streaming chegou recentemente ao Brasil. O Samsung TV+ pode ser usado por aqueles que têm Smart TVs da marca com plataforma Tizen (lançados a partir de 2020, ou com tecnologia 4K e superiores a partir de 2018). O serviço é totalmente gratuito e dispensa qualquer tipo de cadastro do usuário ou download. É preciso, porém, sempre ter conexão à internet.

O Brasil foi o 12º país a receber o Samsung TV Plus em todo o mundo e o primeiro na América Latina. O serviço de streaming começa com 20 canais, como Bloomberg TV (notícias), InWild (entretenimento), Fuel TV (esportes), Tastemade (estilo de vida), Nick Clássico Pluto TV (Infantil), Pet Collective (comédia), BCC Gaming (ciências e tecnologia) e MyTime Movie Network (filmes).

Amazon Prime Video

A Amazon também foi uma das pioneiras no streaming, com o lançamento do seu serviço de vídeos sob demanda em 2006. O Amazon Prime apresenta como diferenciais uma mensalidade agressiva, de R$ 9,90.

Alguns conteúdos oferecidos são séries como Parks and Recreation, The Boys e The Office. Na parte infantil, animações como Bob Esponja e Caillou também estão disponíveis.

O Prime Video pode ser transmitido em até três dispositivos ao mesmo tempo e permite assistir aos conteúdos também de forma offline, por download.

Além dos conteúdos, o Prime Video oferece conexão com outros serviços, como o frete grátis e rápido em milhares de produtos à venda na plataforma da gigante de comércio eletrônico (veja 7 sinais de que a Amazon quer dominar o varejo no Brasil).

Apple TV+

O Apple TV+ já vem instalado nos aparelhos iPhone, iPad, Mac e Apple TV, mas também tem um link para acesso de qualquer celular ou computador. Os conteúdos podem ser acessados online ou baixados para posterior acesso offline.

Quem compra os aparelhos da Apple recebe um ano gratuito do serviço de streaming. A mensalidade é de R$ 9,90 por mês. São conteúdos originais, como O Natal do Charlie Brown, Oprah’s Book Club e Dickinson.

Looke

O Looke é um serviço nacional de streaming. A plataforma tem produções nacionais e internacionais em animações, filmes e séries. Alguns exemplos são o filme Cake – Uma Razão para Viver, os desenhos da Turma da Mônica e o Especial Zé do Caixão. Os conteúdos podem ser vistos online ou offline (download).

A assinatura mensal do Looke custa de R$ 16,90 a R$ 25,90, variando de acordo com o número de pessoas que podem assistir ao conteúdo ao mesmo tempo. O Looke também permite o aluguel de filmes separadamente.

YouTube Premium

O YouTube Premium é uma assinatura mensal de R$ 20,90 que permite ver vídeos sem anúncios, baixá-los para visualização offline e também reproduzi-los em segundo plano (sem a tela estar aberta no celular). A assinatura também inclui acesso nessas condições ao YouTube Music e ao YouTube Kids.

Netflix

Thiago Romariz, que é cofundador do aplicativo de curadoria de streaming Chippu, diz que a Netflix inaugurou o mercado e se provou ao longo dos anos. “As pessoas não enxergavam valor em um catálogo de filmes, em troca dos 120 canais de uma televisão a cabo. Mas o tempo mostrou a superioridade de um serviço sob demanda”, diz.

Cobrando uma mensalidade de R$ 21,90 a R$ 45,90 (a depender da qualidade do vídeo, resolução e do número de telas simultâneas), a Netflix disponibiliza filmes, séries e animações para os públicos infantil e adulto. Os conteúdos podem ser assistidos online ou offline (por download).

A líder de mercado defende como diferencial sua estrutura de parcerias com produtoras pelo mundo e lançamentos constantes. Algumas produções exclusivas recentes são La Casa de Papel, O gambito da Rainha e The Crown. “A Netflix conseguiu atender rápido seu público e criar o hábito de ‘maratonar’ séries. Agora, passa para seu segundo momento do streaming: criar conteúdo para consumidores mais exigentes”, diz Romariz.

Globoplay

O serviço de streaming do Globoplay permite o acesso a produções originais e replicadas e a canais como Multishow, GloboNews, Gloob e SporTV. O acesso deve ser verificado de acordo com o plano mensal, com preços que variam de R$ 22,90 a R$ 84,90 (combo Globoplay + Premiere).

Alguns exemplos de conteúdos são Big Bang Theory, S.W.A.T, The Good Doctor e The Handmaid’s Tale. É possível assistir online ou offline, escolhendo a qualidade do download.

Crunchyroll

O Crunchyroll, comprado em dezembro de 2020 pela Sony, é um serviço de transmissão de conteúdo online focado em animações japonesas (ou animes) e quadrinhos japoneses (ou mangás).

Segundo o Crunchyroll, os novos episódios podem ser vistos uma hora após a exibição no Japão. Nos mangás, seriam centenas de capítulos de dúzias de títulos.

A mensalidade é de R$ 25 (1 tela, apenas online) ou de R$ 32 (até 4 telas, online ou offline).

Disney+

Enquanto Netflix e Amazon tentam ganhar mais produções originais e reconhecimento da indústria cinematográfica, os players que vêm desse mercado tentam entender este novo momento e o modelo de negócio associado a ele.

O Disney+ chegou ao Brasil em novembro deste ano, por R$ 29 por mês, divulgando marcas exclusivas e altamente reconhecidas, como Marvel, Pixar e Star Wars. Algumas produções disponíveis são a série The Mandalorian, filmes das franquias Os Vingadores e Frozen e o live action do clássico A Dama e o Vagabundo.

O serviço permite assistir aos conteúdos em até quatro telas simultâneas, com transmissão online ou offline (download).

O Disney+ foi lançado recentemente, então ainda é preciso acompanhar seu ritmo de lançamentos. “Não adianta a Disney lançar um filme da Marvel por ano para que o Disney+ exploda. Ela precisa de filmes e séries mensais, além dos seus grandes sucessos para os cinemas”, diz Romariz.

Mubi

O Mubi é um serviço de streaming focado em filmes aclamados pela crítica. Todos os dias, o serviço apresenta uma recomendação de uma obra cinematográfica. Alguns filmes presentes no catálogo são Bacurau, O Morro dos Ventos Uivantes e Alemanha, Ano Zero.

Os filmes podem ser vistos de forma online ou offline (download). A mensalidade é de R$ 27,90.

PlayKids

A PlayKids oferece um serviço de streaming de conteúdo infantil. São mais de 5 mil vídeos, livros e jogos que passam por uma curadoria da própria PlayKids, que faz parte do grupo de tecnologia Movile. Existem tanto produções originais quanto reproduzidas, com marcas como Galinha Pintadinha, Turma da Mônica e Pocoyo. O plano mensal custa R$ 29,90.

HBO Go

O HBO Go é o serviço de streaming produzido pelo canal de televisão HBO, da Warner Media. Assim como a Disney, a Warner nasceu como produtora de conteúdo audiovisual e entrou mais recentemente no mundo da tecnologia.

O HBO Go tem conteúdos como Bad Boys para Sempre, Adoráveis Mulheres e a trilogia O Senhor dos Anéis. O serviço custa R$ 34,90 por mês, variando de acordo com sua operadora. Caso você já tenha o canal de televisão HBO, o HBO Go é gratuito.

Telecine Play

O Telecine Play afirma ter mais de 2 mil filmes em seu serviço de streaming. Alguns exemplos de obras cinematográficos no catálogo são Parasita, Velozes & Furiosos: Hobbes & Shaw e O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio.

A assinatura permite três telas simultâneas e meia entrada nas redes de cinema Kinoplex e UCI, caso os ingressos sejam comprados pela plataforma Ingresso.com. O Telecine Play custa R$ 37,90 mensalmente.

O crescimento do mercado de streaming

A empresa de pesquisa de mercado Allied Market Research estimou que o mercado global de transmissão online de conteúdo atingiu faturamento de US$ 38,56 bilhões em 2018. O crescimento médio anual deve ser 18,3% entre 2019 e 2026, chegando a US$ 149,34 bilhões em 2026.

O interesse pelo streaming também é verdadeiro em terras brasileiras. O número de assinantes da Netflix no Brasil ultrapassou os da TV por assinatura em junho de 2020, segundo a consultoria de pesquisa americana Bernstein. Naquele mês, o serviço de streaming tinha 17 milhões de assinantes no Brasil. Isso torna o país o segundo maior mercado da Netflix no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos (60 milhões de assinaturas). Enquanto isso, 15,2 milhões de lares tinham acesso a canais pagos no país em junho, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

“A Netflix está ganhando no Brasil porque oferece um produto superior por um quarto do preço da TV paga”, escreveram os analistas da Bernstein. Já Romariz afirma que “os serviços de streaming já foram mais baratos, mas ainda são acessíveis em comparação com canais pagos”.

O futuro é promissor para o streaming no Brasil. O cofundador do Chippu destaca que os serviços de transmissão de conteúdo online são um dos muitos negócios que encontram aderência no país, que é conhecido pela penetração do digital. O Brasil já tem mais smartphones do que habitantes. “A internet dita tendências e faz as pessoas gastarem, da classe C até a elite”, diz Romariz.

Mas o empreendedor e especialista em streaming também frisa alguns obstáculos para a democratização da transmissão online de conteúdo. O país ainda precisa melhorar o acesso à banda larga e, principalmente, sua qualidade. Outro ponto é o acesso a aparelhos que transformam televisões tradicionais em inteligentes, como o Chromecast.

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Mariana Fonseca

Subeditora do InfoMoney, escreve e edita matérias sobre empreendedorismo, gestão e inovação. Coapresentadora do podcast e dos vídeos da marca Do Zero Ao Topo.