Procon-SP notifica Twitter após vazamento de milhões de dados de usuários

Empresa deve explicar quais medidas foram tomadas para conter o ataque hacker

Equipe InfoMoney

Twitter na NYSE (Foto: Richard Levine/Corbis via Getty Images)
Twitter na NYSE (Foto: Richard Levine/Corbis via Getty Images)

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O Procon-SP notificou o Twitter (TWTR34) para que a rede social explique o vazamento de pelo menos 235 milhões de e-mails de seus usuários, além de informar quais providências tomou para conter o episódio.

Endereços de e-mail foram roubados e publicados em um fórum de hackers na última quinta-feira (5), segundo Alon Gal, pesquisador de segurança e co-fundador da Hudson Rock, empresa israelense de monitoramento de segurança eletrônica.

Além de confirmar se houve o incidente de segurança, a plataforma deverá informar quais os motivos que o desencadearam, e quais as medidas foram tomadas para conter o episódio e mitigar os riscos. O Twitter também deverá esclarecer quais providências adotará para reparar os danos decorrentes do vazamento de dados pessoais e evitar que a falha aconteça novamente. A empresa tem até o próximo dia 13 para responder ao Procon-SP.

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O InfoMoney entrou em contato com a assessoria de imprensa da empresa, mas, até esta publicação não havia recebido nenhuma manifestação sobre os questionamentos. Durante o vazamento não ficou claro se a rede social promoveu ações para investigar ou remediar o problema. Também não é possível verificar de forma independente se são autênticos os dados publicados no fórum.

O Procon-SP também questionou a postura da empresa em relação à Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/2018) para saber quais medidas técnicas e organizacionais são adotadas. A empresa deverá esclarecer qual a finalidade e a base legal para o tratamento de dados pessoais, como foi obtido o consentimento do usuário, por quanto tempo os dados ficam armazenados, com qual finalidade, e qual a política de descarte.

O pesquisador da Hudson RockGal disse que o roubo deve levar a “muitos casos” de tentativas de ataques digitais e que informações devem ser usadas por hackers e até governos para prejudicar ainda mais “a privacidade” das vítimas.

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