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Após a Latam admitir um reajuste de 25% a 30% nas suas passagens aéreas, devido à guerra na Ucrânia, a Gol também confirmou que vai elevar o preço de seus bilhetes (sem dizer de quanto será a alta).
Procurada pelo InfoMoney, a Gol (GOLL4) afirmou que “é inevitável o aumento dos valores das passagens” devido à alta no preço do petróleo — e, por consequência, do querosene de aviação (QAV).
“Porém não é possível determinarmos um percentual exato [de reajuste] em função da atual volatilidade dos preços do QAV”, afirmou a empresa em comunicado. “Reforçamos que o processo de precificação é dinâmico e também segue a oscilação da demanda e da elasticidade e sazonalidade, inerentes ao setor aéreo”.
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A Gol diz que o QAV é “a variável que mais interfere nos preços de passagens aéreas” e representa atualmente “cerca de 50% dos custos de um voo, percentual bem acima da média histórica”. Segundo a companhia, a alta no preço do querosene de aviação já é de 30% em relação ao quarto trimestre de 2021 e de 90% na comparação com 2019.
Levantamento do site Kayak feito a pedido do InfoMoney aponta uma alta de até 45% no preço médio dos voos nacionais e de 17%, nos internacionais, na primeira metade de março (veja mais abaixo).
Redução na oferta de voos
A Gol, no entanto, diz que “não tem mudanças planejadas em virtude do aumento de custos” na oferta de voos — ao contrário de Latam e Azul — e que “ajustes pontuais realizados em algumas bases são naturais da operação e acompanham as oscilações de mercado”.
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A Latam decidiu suspender temporariamente 10 rotas e adiar o início da operação de outras 11. A Azul admite que “ajustou a oferta de voos diários em alguns mercados”, mas não confirma a alta nos preços.
Entre as rotas suspensas pela Latam estão Belém-Manaus, Manaus-Fortaleza e Fortaleza-Belém e, entre as adiadas, estão Brasília-Palmas, Brasília-Navegantes (SC) e Porto Alegre-Curitiba (veja todas as mudanças aqui).
A Azul diz que o ajuste na oferta de voos “foi necessário devido ao aumento exponencial do valor de várias commodities nas últimas semanas, sobretudo, do barril de petróleo, que já vinha sofrendo consecutivas altas em função da pandemia de Covid-19 e atingiu um pico recorde desde 2008”.
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Alta de até 45% nos voos nacionais
O levantamento do Kayak aponta que o reajuste no preço médio das passagens foi de até 45% nos destinos nacionais mais procurados e de até 17% nos internacionais. A pesquisa comparou os dados entre 1º e 15 março deste ano com o mesmo período de fevereiro.
A maior alta foi registrada em voos para Florianópolis (+45%), mas há também altas expressivas para Brasília (+41%), São Paulo (+40%) e Rio de Janeiro (+40%). O preço médio da passagem aérea mais cara, entre os destinos mais procurados, foi encontrado em Maceió (R$ 1.510, com alta mensal de 12%).
Destinos nacionais mais buscados no período | Preço médio da passagem | Variação |
São Paulo | R$ 989 | 40% |
Rio de Janeiro | R$ 982 | 40% |
Recife | R$ 1.177 | 20% |
Fortaleza | R$ 1.209 | 22% |
Salvador | R$ 984 | 21% |
Maceió | R$ 1.510 | 12% |
Porto Alegre | R$ 1.077 | 28% |
Brasília | R$ 956 | 41% |
Natal | R$ 1.495 | 19% |
Florianópolis | R$ 1.132 | 45% |
Entre os 10 destinos internacionais mais pesquisados na plataforma, o maior reajuste foi encontrado em voos com destino ao Porto, em Portugal (+17%). Na sequência estão Paris (+16%), Londres (+15%) e Lisboa (+14%).
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Lisboa e Londres têm também as passagens mais caras (R$ 5.299 e R$ 5.250) da amostra — já Buenos Aires, a mais barata (R$ 1.900). Em apenas um destino pesquisado houve redução no preço da passagem: Cancún (-1%).
Destinos internacionais mais buscados no período | Preço médio da passagem | Variação |
Lisboa | R$ 5.299 | 14% |
Buenos Aires | R$ 1.900 | 1% |
Orlando | R$ 3.578 | 10% |
Miami | R$ 3.522 | 5% |
Santiago do Chile | R$ 2.041 | 10% |
Paris | R$ 5.137 | 16% |
Porto | R$ 4.894 | 17% |
Nova York | R$ 4.631 | 10% |
Cancún | R$ 3.108 | -1% |
Londres | R$ 5.250 | 15% |
O Kayak não afirma o porquê da alta nos preços médios dos bilhetes, mas diz que alguns fatores podem influenciar na composição do preço, como oferta e demanda, reconfiguração das malhas aéreas, preço do combustível de aviação e variação cambial, entre outros.
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