Porsche pode crescer com novo carro elétrico para desafiar Tesla

Para a marca, seus consumidores não querem "smartphones sobre rodas"

Bloomberg

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(SÃO PAULO) – A Porsche AG pode expandir sua linha crescente com um veículo movido a bateria para atender à demanda por veículos de luxo mais limpos e contrariar o crescimento da Tesla Motors.

“A Tesla desenvolveu um carro excepcional”, disse o executivo da Tesla Matthias Mueller na sexta-feira na conferência de imprensa anual da marca na Alemanha. “Eles têm uma abordagem pragmática e estabeleceram o padrão, o qual devemos seguir agora”.

A Volkswagen AG planeja lançar sua sétima linha de modelos em 2020, mas ainda precisa tomar a decisão final sobre o formato do carro. A Porsche disse que poderia expandir a linha Panamera com uma versão menor ou uma variação com exterior espaçoso. A Porsche também considera um carro esportivo entre o 911, que custa US$151.100 para a versão Turbo, e o supercarro Spyder híbrido de US$845.000. O modelo esportivo seria desenhado para desafiar automóveis da Ferrari SpA.

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A Porsche planeja vender mais de 200.000 veículos pela primeira vez nesse ano, liderados pela demanda pelo utilitário esportivo compacto Macan, de US$49.900 lançado em abril de 2014. O aumento vem juntamente com a crescente demanda por muitas montadoras de luxo, com a Porsche, suas marcas irmãs Audi e Bentley, a Mercedes Benz e a BMW mostrando vendas recordes no ano passado.

As entregas da Porsche cresceram 17% para 189.849 carros em 2014, e aumentaram 34% em fevereiro para 14.836 carros. A demanda por carros de luxo está prevista para crescer mais nesse ano, graças a um aumento na China e nos EUA.

Smartphone sobre rodas

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A margem de lucro para carros esportivos caiu para 15%, de 18% no ano passado, devido a custos para adicionar o Macan à linha e renovar o mais vendido Cayenne SUV. Ainda assim, o retorno da Porsche nas vendas se manteve um dos maiores entre as montadoras globalmente. A Porsche também vende o descapotável Boxster e a variante hard-top Cayman.

A Porsche focará seus esforços de desenvolvimento em motores e manuseio ao invés de pressionar pelos avanços mais recentes em carros com internet e direção automatizada.

Ao consumidores da marca “não querem um smartphone em quatro rodas ou a maior tela sensível ao toque”, disse Mueller. “Na Porsche não há espaço para fachadas”.

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Para um caro elétrico, que ajudaria a marca a cumprir com regulamentações ambientais mais apertadas, a Porsche busca uma escala de mais de 500 quilômetros antes de precisar de recarga, o que não deve tomar mais tempo do que uma parada comum em uma estrada, ele disse.

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