Nos EUA, desafio da Black Friday é agradar consumidor mais exigente

Expectativa é que o crescimento das vendas na maior economia do mundo seja fraco

Estadão Conteúdo

Black Friday e Copa do Mundo ajudaram nas vendas do mês (Shutterstock)
Black Friday e Copa do Mundo ajudaram nas vendas do mês (Shutterstock)

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Milhões de norte-americanos se dirigem nesta sexta-feira (24), às lojas para aproveitar a Black Friday, mas os vendedores estão atravessando uma época em que os compradores não estão gastando tanto como nos últimos anos. Depois de dois anos de gastos alimentados pela pandemia de Covid-19, os executivos dizem que estão se preparando para consumidores exigentes e compras de última hora nas férias, que podem gerar descontos maiores.

No geral, espera-se que o crescimento das vendas nas férias seja fraco. Os sinais antes das festas de fim de ano, incluindo o aumento do endividamento dos consumidores e o menor número de estoques movimentados nos vagões ferroviários, mostram que as vendas podem ser mais lentas em comparação com os últimos anos, quando o regresso às lojas após o início da pandemia e o aumento das poupanças geraram gastos.

A Federação Nacional de Varejo espera que o aumento geral das vendas possa estar em linha com o ritmo mais lento observado na década que antecedeu a pandemia, de 2010 a 2019, quando o aumento médio anual nesse período foi de 3,6%.

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O grupo industrial espera que os gastos de novembro a dezembro, sem incluir a inflação, aumentem de 3% a 4%. Em contrapartida, as vendas aumentaram 5,4% em 2022, 12,7% em 2021 e 9,1% em 2020.

Os gastos continuam a crescer online, uma tendência que desacelerou brevemente no ano passado, à medida que as pessoas voltavam às lojas após os primeiros anos as evitando devido à pandemia.

Em novembro, as compras online aumentaram cerca de 5%, para US$ 63,2 bilhões até 20 de novembro, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Adobe Analytics. Os compradores gravitaram em torno de grandes descontos em eletrônicos, brinquedos e roupas, disse a Adobe.

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No Brasil

No Brasil, os números mostram um certo esfriamento das compras, que está sob o impacto do endividamento elevado e das altas taxas de juro.  O faturamento do e-commerce nos primeiros 15 dias de novembro, período popularmente chamado de “Black Friday antecipada”, teve queda de 6,7% em relação a 2022, para R$ 6,92 bilhões, segundo dados da Neotrust, empresa de soluções de segurança e tecnologia para o varejo. A pesquisa conta com 2.500 empresas do varejo eletrônico, considera todos os meios de pagamentos e avalia cerca de 1,5 milhão de pedidos por dia.

O estudo da Neotrust também destaca, que nos primeiros 15 dias de novembro, foram realizados 16,4 milhões de pedidos, o que indica uma redução de 13,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram feitos 19 milhões de pedidos.

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