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SÃO PAULO – A Netflix tem um grande público e pode ser considerada a plataforma de streaming mais popular no Brasil. E a empresa segue fazendo investimentos para se manter no topo. Ted Sarandos, diretor de conteúdo, afirmou que a companhia vai investir US$ 7 bilhões em conteúdo original no próximo ano, segundo a Variety.
O número é superior aos US$ 6 bilhões investidos em 2016, e evidencia a estratégia de cada vez mais ter conteúdo próprio em sua plataforma. “Nenhuma empresa de mídia hoje está se expandindo mais rápido, é mais popular, admirada pelos usuários e temida pela concorrência do que a Netflix”, afirma o executivo. Segundo o site, a companhia movimentou o mercado cinematográfico ao transformar a forma como os consumidores veem filmes e séries. A Netflix parece realmente ameaçar Hollywood.
A Netflix possui 104 milhões de assinantes em 190 países. Uma vez que depende de outros estúdios para ter mais filmes e séries, a empresa pretende aumentar seus conteúdos próprios com grande variação de gêneros, como o vencedor do Emmy múltiplo “Orange Is the New Black” e outras séries de televisão como “The Crown” e ” Fuller House”.
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No entanto, não está claro se todo o crescimento da Netflix é realmente sustentável. Alguns analistas e insiders da indústria são céticos quanto aos hábitos de consumo da empresa, argumentando que a companhia gasta muito dinheiro. Além disso, a dívida a longo prazo no valor de US$ 4,8 bilhões evidencia que a empresa pode não conseguir arcar com todos os custos. “Não estamos gastando dinheiro que não temos. Estamos gastando receita”, contesta Sarandos. “Temos uma das dívidas mais baixas da indústria”, insiste Sarandos.
Ele afirma ainda que o investimento no conteúdo original é muito válido considerando que “todo mundo já está fazendo versões próprias” em modelos muito parecidos com o da Netflix. Os concorrentes, segundo o executivo, “só têm de decidir o que é melhor para suas marcas e seus acionistas (…). Nós começamos a fazer conteúdo original cinco anos atrás apostando que seria um grande acerto”, ressaltou o executivo.
Sarandos defendeu a Netflix, em uma possível referência ao episódio que aconteceu recentemente envolvendo a Disney, que afirmou que não renovaria seu acordo de distribuição feito com a empresa para iniciar um serviço de streaming próprio. A Fox seguiu o mesmo caminho em julho e começou a retirar seu conteúdo da Netflix, enquanto a Apple anunciou seus planos de investir US$ 1 bilhão em produções originais no ano que vem.
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