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SÃO PAULO – O acordo que prevê que o Brasil trocará energia com o Uruguai foi firmado na última sexta-feira (18), pelos ministros de Minas e Energia de ambos os países. A previsão é de que, num primeiro momento, não haverá impacto no bolso do consumidor, nem ameaça ao abastecimento do recurso no Brasil.
De acordo com o ministro de Minas e Energia do Brasil, Edison Lobão, o País mandará 70 megawatts de energia elétrica para o Uruguai, que vinha comprando energia térmica brasileira, que é mais cara, a preço produzido no Brasil. “Vamos fornecer energia hidráulica, que é bem mais barata, nos meses de julho, agosto e setembro, e receber de volta essa energia no período de setembro a novembro”, disse.
O ministro afirmou que não haverá riscos no que se refere ao abastecimento para o Brasil. “É preciso lembrar que a Argentina começou a devolver a energia bem antes do prazo previsto e, em dez dias, já reingressou no país quase um terço do que nós fornecemos”.
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Impacto no bolso
De acordo com o diretor-executivo da Anace (Associação Nacional dos Consumidores de Energia), Lúcio Reis, a troca de energia não terá impacto se, no momento da devolução, o Uruguai pagar as flutuações de preços do período.
Por outro lado, se não forem consideradas flutuações no preço da energia, pode ser que o Brasil fique no prejuízo. “E quem fica exposto é o consumidor final”, explicou Reis.
Crítica
De acordo com o Instituto Acende Brasil, decisões no sistema de energia brasileiro, como empréstimo e despacho de usinas mais caras, devem ser feitas com mais transparência, principalmente por meio de simulações que explicitem os custos e os benefícios para a segurança do abastecimento e para o bolso do consumidor brasileiro.
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“A inexistência de regras traz como conseqüência a insegurança. Com regras estabelecidas, é possível tomar providências individuais que, no final, refletirão em toda a sociedade”, disse o presidente do Instituto, Claudio Sales.
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