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O típico churrasquinho com cerveja nos dias dos jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo vai pesar mais no bolso dos torcedor na edição deste ano do Mundial, que será realizada no Catar.
Levantamento realizado pela XP mostra que os itens mais consumidos pelos brasileiros durante a Copa chegaram a registrar altas de até 100% desde a edição anterior, há quatro anos. Cerveja, carnes e televisores, que têm alta da demanda devido à competição, registram inflação de dois dígitos desde 2018.
O maior aumento de preço foi observado nos pacotinhos de figurinhas do álbum da Copa, com alta de 100%.
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Mas se a ideia é fazer um churrasco para acompanhar o jogo, o brasileiro vai desembolsar em média 80% mais para comprar a carne, a cerveja, o refrigerante e a água.
O preço da carne vermelha apresentou elevação de 79,1% na comparação com a Copa de 2018. Es os itens complementares, como refrigerante e água subiram 23,7%, e a cerveja teve alta de 20,2%, abaixo da inflação, que no período foi de 26,8%.
A alta da carne está associada à maior demanda global, elevação dos custos de grãos e queda da área de pastagens com a crise hídrica de 2020/21. Cerveja e refrigerante, em paralelo, tiveram alta relevante de custos, especialmente de embalagens, com cotação em dólares, aponta estudo da XP.
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E para quem está pensando em comprar um televisor novo para assistir aos jogos, vai ter que desembolsar 17% mais do que em 2018. “Curioso é que este é o único item a registrar quedas consistentes de preço desde 2006, por conta dos ganhos de produtividade e mudança rápida da tecnologia. Com os efeitos da pandemia, porém, o aumento da demanda e o setor severamente impactado pela disrupção da cadeia global de suprimentos, os preços passaram a subir”, explica a XP.
Quem prefere acompanhar os jogos fora de casa, em um bar, por exemplo, vai gastar cerca de 15% a mais para comprar a cerveja e 20% para água e refrigerante. A inflação é levemente menor em comparação à compra no supermercado, mas vale lembrar que, na média, consumir fora do domicílio é 15% mais caro.
Aquela camiseta nova da seleção canarinho para comemorar o hexa está custando 40% mais do que há 4 anos. Em relação a isso, explica a XP, é importante lembrar que o setor de vestuário vem batendo altas recordes nos últimos 12 meses — a maior desde 1995, em meio ao Plano Real — alcançando 16,66% em julho.
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Dois fatores explicam a alta: desajustes nas cadeias que fornecem matéria-prima para o setor, forçando o repasse do aumento de custos para os consumidores. Por fim, o aumento e a volatilidade do câmbio têm parte nisso, dado que o produto é tabelado (tem o mesmo valor em dólares para todo o mundo).
Se além de comemorar você quiser participar da tradição de trocar figurinhas com os amigos em busca de completar o álbum, os preços podem assustar: o álbum oficial (versão tradicional) subiu 16,5%, enquanto o pacote com cinco figurinhas dobrou de preço (variação observada também em relação à última Copa).
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