Governo quer criar órgão para fiscalizar queda de preço dos combustíveis

Proposta está em fase final de construção no ministério de Minas e Energia e será encaminhada ao Congresso Nacional

Estadão Conteúdo

Posto de combustíveis do DF vende gasolina com desconto no Dia de Liberdade de Impostos (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

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O governo pretende criar um órgão para o setor de combustíveis, visando a segurança do suprimento e garantindo que as alterações nos preços sejam de fato repassadas ao consumidor final, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante evento nesta segunda-feira (30), em Minas Gerais.

Segundo Silveira, a ideia é que seja um “operador” do segmento que atuaria de forma parecida com a adotada no setor elétrico com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que, conforme disse, seria uma referência mundial.

A proposta está em fase final de construção no Ministério e será encaminhada ao Congresso Nacional.

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“Queremos que seja complementar com a ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombústíveis] como o ONS é complementar à Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica]”, disse Silveira, ao chamar o novo órgão de Operador Nacional do Sistema de Combustíveis.

O ministro sinalizou que o modelo a ser adotado para o órgão é de entidade de direito privado com a participação do governo e gestão compartilhada, como uma autarquia. Silveira sinalizou também que o objetivo é que os “melhores preços” cheguem ao consumidor, que esse segmento seja melhor fiscalizado e que os estoques regulares sejam mais seguros.

Durante sua fala, Silveira agradeceu a Petrobras por “abrasileirar” os preços dos combustíveis “achatando o custo Brasil, melhorando a competitividade e beneficiando o consumidor”. Ele também afirmou que hoje os preços desses insumos estão aproximadamente 30% menores do que os praticados no governo anterior, e sem a volatilidade que a política de preços anterior impunha.

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Estamos vendendo, em média, 30% mais barato do que o governo anterior (com crise internacional e aumentos de preços). Acabamos com volatilidade quase que diária de preço. “O motorista de frete saía de uma fábrica e quando chegava no ponto final não sabia se teve rentabilidade no frete, porque a volatilidade era quase que diária.”