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SÃO PAULO – O Estado de São Paulo pretende expandir a produção de energia em seu território. O governador José Serra defendeu a expansão do potencial energético através do uso do bagaço e da palha de cana para gerar energia, principalmente pelo fato de ser esta uma alternativa econômica, o que poderia significar possíveis reduções na tarifa de eletricidade.
“O potencial de produção de energia do Estado é de 6000 megawatts e precisa ser expandido”, afirmou o governador, durante a reinauguração da Termoelétrica-Cogeração de Energia Usina Gasa, na última sexta-feira (3).
Produção econômica
Segundo o governador, o uso da cana-de-açúcar como matéria-prima para a produção de energia é bem-vinda sobre dois aspectos. Primeiro por se tratar de um processo mais barato, mas também porque ele beneficia a indústria estadual, uma vez que todo o equipamento para seu beneficiamento é produzido em São Paulo.
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De acordo com informações da agência SP Notícias, o Estado já conta com um programa específico para a questão, com o objetivo de promover o desenvolvimento da indústria de co-geração de energia a partir da biomassa. O processo consiste na utilização de madeira, resíduos agrícolas e outros materiais como matérias-primas para gerar energia elétrica.
Em busca de sustentabilidade
Uma das ações desenvolvidas nesse sentido foi a criação, em abril de 2007, da Comissão de Bioenergia, com a finalidade de buscar a melhora da sustentabilidade social e ambiental na produção e uso da bioenergia. A comissão é comandada pelo professor José Goldenberg, da USP.
Em setembro de 2007, o governador José Serra firmou convênio com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para incentivar a co-geração, incluindo o mapeamento das instalações das usinas paulistas, além do diferimento do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o bagaço, eletricidade e vapor entre co-geradora e usina.
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Itaipu no solo
Segundo o secretário do Desenvolvimento Alberto Goldman, entre os próximos quatro e seis anos poderão ser adicionados ao sistema energético paulista quase cinco mil megawatts. “Para se ter uma idéia do que isso significa, é mais do que todas as usinas do Rio Madeira que estão sendo licitadas”, ilustrou.
Na avaliação dos integrantes da Comissão de Bioenergia, o estado de São Paulo tem em seu solo uma verdadeira Usina de Itaipu em potencial, em se tratando de energia, basta partir para a co-geração a partir do bagaço de cana.
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