Gestores públicos querem TV Digital com inclusão social

Técnicos responsáveis pela implementação do modelo japonês querem aprimorar projeto para incluir sociedade na tecnologia digital

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Os gestores públicos que ficarão responsáveis pela implementação do modelo japonês de modulação para o Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTD) não querem apenas copiar a tecnologia, mas adaptá-la para a realidade nacional.

O objetivo principal dos gestores é pesquisar nos acervos tecnológicos mundiais tudo o que já foi criado no setor e, a partir disso, fazer melhorias que beneficiem a inclusão social por meio da interatividade digital.

Inclusão social

Segundo o secretário de Política de Informática (Sepin) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), César Augusto Gadelha Vieira, em nenhum lugar do mundo se pensou em utilizar a tecnologia digital para fins sociais. “Essa é uma iniciativa pioneira do Brasil e queremos aproveitar a predileção do brasileiro pela televisão para transmitir serviços e conceitos de cidadania. Mais de 98% dos lares brasileiros têm aparelho de TV”, disse Vieira.

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De acordo com o professor do Departamento de Sistemas Eletrônicos da Poli/USP, Marcelo Zuffo, o Brasil se configura como quarto mercado de TV digital no mundo. “Ainda estamos nos seis minutos do primeiro tempo do jogo. Não adiantará nada termos 2 mil pesquisadores para estudar o melhor padrão se nossas competências não transformarem todo o conhecimento acumulado em inovações que gerem emprego e renda para a população”, disse Zuffo.

Implantação

O sinal analógico ainda será transmitido nos próximos dez anos, enquanto isso o sinal digital deverá levar sete anos para ser implantado em todo o País. Na transição, o governo irá ceder um canal paralelo para cada emissora comercial, e depois de seis meses os sinais digitais deverão ser emitidos.

O secretário do Sepin anunciou que o governo pretende criar quatro canais e que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já está verificando a viabilidade deles. O primeiro será do poder executivo federal, o segundo do Ministério da Educação, o terceiro divulgará manifestações culturais e regionais e o quarto, o Canal da Cidadania, transmitirá projetos dos poderes municipais e estaduais.

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