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SÃO PAULO – A crise entre Brasil e Bolívia, ocasionada pela estatização das refinarias de petróleo e gás das subsidiárias multinacionais presentes na Bolívia também deve chegar aos consumidores residenciais.
As pessoas que decidiram trocar o gás de botijão (GLP), produzido a partir do petróleo, pelo gás natural canalizado, estão muito preocupadas com a possibilidade de corte no fornecimento. E não é para menos. De acordo com a associação, 60% do gás natural usado no Brasil vêm da Bolívia.
Consumo
Apesar de o consumo de gás natural se concentrar principalmente no setor industrial, que utiliza 24 milhões de m3 por dia, a demanda pelo produto não pára de crescer (15% ao ano), e já chega à residência de 1,24 milhão de brasileiros, que gastam uma média de 583,3 mil m3 de gás natural encanado todos os dias, de acordo com levantamento da Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado).
Só no Rio de Janeiro, 701,2 mil pessoas aproveitam o gás encanado, em São Paulo, segundo estado que mais utiliza o produto, há outros 483,5 mil consumidores.
Abastecimento e preços
Mas, ao contrário dos mais pessimistas, a Abegás não acredita na falta do produto, uma vez que os contratos assinados não podem ser interrompidos, o que não seria interessante nem para os brasileiros nem para os bolivianos.
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Mas o que a instituição realmente espera é reajuste nos preços, já que houve aumento do imposto que incide sobre o produto. Mesmo assim, espera a Abegás, essa alteração de valores deve demorar a chegar ao bolso do brasileiro em função das negociações entre as autoridades dos dois países e entre os órgãos reguladores.
Em Minas Gerais, durante inauguração da hidrelétrica de Aimorés, nesta sexta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que não haverá aumento no preço do gás natural vendido para consumidores e empresas. “Se aumentar, vai aumentar para a Petrobras, e não para o consumidor brasileiro”, afirmou o presidente.
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