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SÃO PAULO – Os reservatórios de água estão cada vez mais baixos no estado mais rico e populoso do país. O governador, que passou algum tempo falando que não haveria racionamento, mas já voltou atrás e pediu para os residentes cortarem o gasto em 20%. Parece o Brasil, não é? Mas são os Estados Unidos, onde a Califórnia vive uma crise hídrica sem precedentes.
De acordo com o MarketWatch, a queda de uso em 8,8% foi insuficiente para evitar a crise, após uma seca de quatro anos que prejudicou fortemente os reservatórios californianos.
Um racionamento sem precedentes pode ser anunciado qualquer dia, nas mesmas bases que o brasileiro. O governo paulista chegou a pensar em um racionamento de cinco dias, onde os usuários só tivessem a acesso à água dois dias por semana. O californiano idem. Desperdício de água pode alcançar US$ 500 diários.
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Como em São Paulo, todo mundo parece estar preocupado com a possibilidade de ficar sem água, mas poucos fazem alguma coisa a respeito. E com o tempo, conforme a crise vai piorando, não é apenas o preço da água que vai ficar mais caro. É a comida dos californianos também.
Há três grandes grupos que disputam a água no estado: ambientalistas que querem a preservação dos nascedouros, consumidores e o agronegócio, com um grande PIB de US$ 21, 4 bilhões, maior que os estados de Iowa, Nebraska e Minnesota. Juntos.
E é justamente o agronegócio que enfrenta a maior restrição: ele foi obrigado a reduzir em 80% o gasto com água na superfície, o que fez os fazendeiros buscarem água debaixo da superfície, o que está causando danos.
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Qual a solução encontrada pelo governo californiano? Escalonamento de preços. Até uma certa quantidade de água, o metro cúbico custa US$ 1,34. Um pouco mais e você será cobrado US$ 3,91 pelo mesmo metro cúbico. Gaste muito e você será cobrado em US$ 12,60 por metro cúbico.
Neste ponto, a Califórnia se difere muito de São Paulo: por aqui, uma polêmica lista mostrou que os usuários que gastavam mais água na verdade pagavam menos por cada metro cúbico.
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