Comitê decidirá se desliga usinas térmicas; decisão tem impacto na conta de luz

Para presidente da EPE, deverão ser desligadas as usinas a óleo e mantidas as que funcionam a base de carvão e gás

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – As chuvas ao longo deste ano encheram os reservatórios das hidrelétricas e fizeram cair a necessidade de manter acionadas as usinas térmicas, que produzem energia mais cara. Por isso, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidirá, ainda nesta segunda-feira (5), por manter ativada ou não estas geradoras.

De acordo com o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, a decisão deverá ser pelo desligamento das usinas térmicas a óleo e pela manutenção daquelas que funcionam a base de carvão e gás.

Para o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, se o Comitê decidir pela manutenção do funcionamento das térmicas, será por segurança. Nas últimas semanas, ele disse que algumas usinas a óleo já foram desligadas. Dos 5,6 mil megawatts que estavam em funcionamento, 3,6 mil megawatts estão ativados no momento.

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Impacto aos consumidores

Sobre a questão, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que o uso de energia das térmicas poderá ter impacto na conta de luz do consumidor, já que estará sendo usado o recurso de uma fonte mais cara.

O impacto, porém, só será sentido nos reajustes anuais da tarifa de energia de cada distribuidora. Os consumidores brasileiros pagarão um valor estimado de R$ 745 milhões a mais na conta de luz, devido ao despacho de usinas termelétricas feito no início do ano.

Conforme a agência, o valor é dividido por todos os agentes do sistema e, por isso, o impacto na conta de luz é pequeno.

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Entenda a situação

Em janeiro, o Ministério de Minas e Energia apresentou medidas para garantir a normalidade do abastecimento de energia em 2008 e 2009.

Dentre elas, estava o despacho do funcionamento de seis usinas térmicas a óleo no Sudeste.

Ainda segundo Tolmasquim, o abastecimento de energia elétrica do país está garantido. “A situação será totalmente tranqüila até 2009. Em 2010, teremos um equilíbrio estrutural. Então, estamos com a situação totalmente sob controle”, afirmou, segundo a Agência Brasil.

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